quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

CONTOS DE MENINO SERTANEJO


CONTOS DE MENINO SERTANEJO
Merlânio Maia

O meu sabiá que voava cantando
Pousava a meu mando no meu dedo fino
Criava rolinha, Cancão e Burguesa,
Enchi de beleza o tempo de menino

Me lembro com raiva que a minha palhoça
Distava da roça talvez meia légua
E quando cheguei tava morto o cancão
Foi o gavião, "Bicho fí duma égua!"

Peguei a espingarda botei um cartucho
Procurei o bucho do amaldiçoado
E ele cantava a zombar do meu medo
Puxei logo o dedo e matei o malvado

Histórias que conto, que canto e recito
De um tempo bonito repleto de paz
Menino feliz lá da zona rural
Que da Capital não esqueço jamais!

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