quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O FOLCLORE BRASILEIRO


O FOLCLORE BRASILEIRO
Merlânio Maia


Tem cuidado caçador
Que lá vem Dona Caipora
Que tem pelo cabeludo
Não tem chapéu, nem espora
Mas monta num porco do mato
Se és matador de fato
Caipora te pega agora!

O filho após sete filhas
Em noite de Lua cheia
Meia noite, meia hora,
Meia volta, volta e meia
Se transforma em lobisomem
Não é mulher, nem é homem
Garra e pêlo, ô coisa feia!

O boitatá não é boi
Só tem um olho na testa
É um protetor da mata
E se esconde na floresta
Mas tem um rabo que sobra
O resto parece cobra
Faz da crença sua festa!

Ouve um relincho bem triste
Basta apenas que anoiteça
Soltando fogo na frente
A assustar quem apareça
Correndo dentro das matas
Dando coices com as patas
É a mula sem cabeça!

Negrinho de perna só
De carapuça encarnada
Pulando dentro da mata
De estridente gargalhada
É o saci nas diabruras
Pererê que na cultura
É Coisinha endiabrada!

Negrinho do Pastoreio
Menino estraçalhado
Por seu dono tão cruel
Senhor do mal, desalmado
Negrinho ao morrer seduz
Voltando cheio de luz
Pelo povo idolatrado!

Dentro do Rio Amazonas
Nas águas de remansar
Vive a poderosa Iara
Cantando pra encantar
Os mais jovens ribeirinhos
Cheia de encanto e carinho
Pra com eles se casar!

Dele todos agressores
Fogem com medo da ira
Quem mata e destrói a mata
Teme e tremendo se vira
Com pavor do indiozinho
Pés pra traz e bem ruivinho
Que é o próprio Curupira.

Assim é o nosso Folclore
Cheio de sabedoria
Que protege nossas matas
Contra toda tirania
Contra a ambição do tirano
Educando o ser humano
Com cultura e alegria.




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