*POESIA LÍQUIDA*
*NO AMANHÃ*
Quando chegarmos juntos no amanhã
Vamos saber porque isso ocorreu
Lá estaremos com nossa alma sã
A receber tudo que Deus nos deu
Teremos só o que nós merecemos
Com outro olhar é que tudo veremos
Pois que estaremos vivendo de amor
O amor resgata, redime e traz paz
Pede perdão, perdoa e assim refaz
Reconstruindo aprimora, pois traz
A consciência em Deus nosso Senhor!
*MerlanioMaia*
*Deixa a poesia encantar teu mundo, Meuzamô!*
domingo, 31 de maio de 2020
CANÇÃO DO SENHOR TEMPO
SENHOR TEMPO
Merlanio Maia
A G
O tempo é o Senhor que constrói e destrói
D A
Instrumento da vida motor da espiral
A G
Que tritura ilusões tudo mói e remói
D A
Sobre o destino paira além do bem do mal
C# Fm#
Poderoso doador de amanhãs
B7 E
Ceifador de poentes juiz visceral
C7 Fm#
Forjador dos sentidos de almas sãs
Bm E A
Construtor de asas fortes para o imortal
G A
Tempo senhor da existência
G A
Tempo divino Portal
G A
Tempo que ceifa aparência
E D A
Tempo do amor sideral
Merlanio Maia
A G
O tempo é o Senhor que constrói e destrói
D A
Instrumento da vida motor da espiral
A G
Que tritura ilusões tudo mói e remói
D A
Sobre o destino paira além do bem do mal
C# Fm#
Poderoso doador de amanhãs
B7 E
Ceifador de poentes juiz visceral
C7 Fm#
Forjador dos sentidos de almas sãs
Bm E A
Construtor de asas fortes para o imortal
G A
Tempo senhor da existência
G A
Tempo divino Portal
G A
Tempo que ceifa aparência
E D A
Tempo do amor sideral
sábado, 30 de maio de 2020
XOTE DA ESPERANÇA
XOTE DA ESPERANÇA
Autor: Merlanio Maia
A E
É preciso ter fé e esperança
D A
É preciso ter maior amor
D A Fm#
É preciso crer que a escuridão já vai passar
B7 E
É preciso crer que a Alvorada clariou
É preciso ter riso e alegria
Mergulhar dentro de si também
Fazer do Bem o exercício de cuidar
Ter humildade e humanidade aqui e Além
A E
Vai passar
D A
Que tudo passa nesse universo de Deus
D A Fm#
Que amanhã vai ser melhor vamos cantar
B7 E A
Plantar amor pelos caminhos meus e teus
Autor: Merlanio Maia
A E
É preciso ter fé e esperança
D A
É preciso ter maior amor
D A Fm#
É preciso crer que a escuridão já vai passar
B7 E
É preciso crer que a Alvorada clariou
É preciso ter riso e alegria
Mergulhar dentro de si também
Fazer do Bem o exercício de cuidar
Ter humildade e humanidade aqui e Além
A E
Vai passar
D A
Que tudo passa nesse universo de Deus
D A Fm#
Que amanhã vai ser melhor vamos cantar
B7 E A
Plantar amor pelos caminhos meus e teus
POESIA LÍQUIDA - LOUVAÇÃO
*POESIA LÍQUIDA*
*LOUVAÇÃO*
Louvado seja este sol
Que invade a minha janela
E entre cantos e arrebol
Mostra o quanto a vida é bela
Louvado o tempo que ensina
E a luz que nos ilumina
Clareando os dias meus
É assim que sigo louvando
A vida que levo amando
E vou cantando até quando
Seguir aos braços de Deus
*MerlanioMaia*
*Receba minha poesia para encantar o teu dia, Meuzamô!*
*LOUVAÇÃO*
Louvado seja este sol
Que invade a minha janela
E entre cantos e arrebol
Mostra o quanto a vida é bela
Louvado o tempo que ensina
E a luz que nos ilumina
Clareando os dias meus
É assim que sigo louvando
A vida que levo amando
E vou cantando até quando
Seguir aos braços de Deus
*MerlanioMaia*
*Receba minha poesia para encantar o teu dia, Meuzamô!*
quinta-feira, 28 de maio de 2020
POESIA LÍQUIDA - MINHA FELICIDADE
POESIA LÍQUIDA
MINHA FELICIDADE
Aprendi a sentir felicidade
Nas coisinhas mais simples dessa vida
Num poema, no amor, na amizade,
Ao sorrir na chegada e na partida
No ocaso do sol, no alvorecer
Quando sinto o pulmão de ar encher
Quando abraço os familiares meus
Até mesmo ao molhar os pés no mar
Quando o vento ao meu rosto vem beijar
Ao saber que a vida há de continuar
Sou feliz, pois em tudo vejo Deus!
MerlanioMaia
Que a poesia desperte em ti essa felicidade, Meuzamô!
MINHA FELICIDADE
Aprendi a sentir felicidade
Nas coisinhas mais simples dessa vida
Num poema, no amor, na amizade,
Ao sorrir na chegada e na partida
No ocaso do sol, no alvorecer
Quando sinto o pulmão de ar encher
Quando abraço os familiares meus
Até mesmo ao molhar os pés no mar
Quando o vento ao meu rosto vem beijar
Ao saber que a vida há de continuar
Sou feliz, pois em tudo vejo Deus!
MerlanioMaia
Que a poesia desperte em ti essa felicidade, Meuzamô!
quarta-feira, 27 de maio de 2020
POESIA LÍQUIDA - DINAMISMO DA VIDA
*POESIA LÍQUIDA*
*DINAMISMO DA VIDA*
Não há tempestade que dure pra sempre
E não há bonança que pra sempre dure
E nem há saúde boa eternamente
Como não existe um mal que não se cure
Pois há dinamismo de instante a instante
Somente a mudança é uma força constante
E entre o sobe e desce é que reside a graça
Passa a juventude, passa o passaredo
Saúde e doença, destemor e medo,
Tudo vai seguindo num eterno enredo
Com exceção da vida, tudo tudo passa!
*MerlanioMaia*
*Poesia é medicamento da alma, Meuzamô!*
*DINAMISMO DA VIDA*
Não há tempestade que dure pra sempre
E não há bonança que pra sempre dure
E nem há saúde boa eternamente
Como não existe um mal que não se cure
Pois há dinamismo de instante a instante
Somente a mudança é uma força constante
E entre o sobe e desce é que reside a graça
Passa a juventude, passa o passaredo
Saúde e doença, destemor e medo,
Tudo vai seguindo num eterno enredo
Com exceção da vida, tudo tudo passa!
*MerlanioMaia*
*Poesia é medicamento da alma, Meuzamô!*
POESIA LÍQUIDA - PERTO DE NÓS
*POESIA LÍQUIDA*
*PERTO DE NÓS*
Cuidemos do nosso próximo
Na caridade e na voz
Ensinando e orientando
Quem segue próximo a nós
Há muita dor nesse mundo
Cada um seja fecundo
Com mais caridade ativa
No grupo familiar
Na extensão do seu lar
Que possamos mais amar
Fazendo que o outro viva!
*MerlanioMaia*
*Que a poesia faça a diferença no teu dia, Meuzamô!*
*PERTO DE NÓS*
Cuidemos do nosso próximo
Na caridade e na voz
Ensinando e orientando
Quem segue próximo a nós
Há muita dor nesse mundo
Cada um seja fecundo
Com mais caridade ativa
No grupo familiar
Na extensão do seu lar
Que possamos mais amar
Fazendo que o outro viva!
*MerlanioMaia*
*Que a poesia faça a diferença no teu dia, Meuzamô!*
terça-feira, 26 de maio de 2020
POEMA - ARDOR
ARDOR
MerlanioMaia
A tarde arde com as borboletras
Açucenando o Céu
Colibrindo o chão
Quando bemtiviu liberto
Porque literavas
Forfolheando o amor.
MMaia
MerlanioMaia
A tarde arde com as borboletras
Açucenando o Céu
Colibrindo o chão
Quando bemtiviu liberto
Porque literavas
Forfolheando o amor.
MMaia
POESIA LÍQUIDA - O MELHOR LUGAR DO MUNDO
O MELHOR LUGAR DO MUNDO
MerlanioMaia
O melhor lugar do mundo
É dentro da tua casa
Este é o lugar sagrado
Onde o amor abriu sua asa
É bem nesse teu cantinho
Que dás e trocas carinho,
Onde afeto é luz nos breus
É ali teu recomeço
Lugar de amor e de apreço
Teu lugar, teu endereço
Recanto que te deu Deus
MerlanioMaia
O melhor lugar do mundo
É dentro da tua casa
Este é o lugar sagrado
Onde o amor abriu sua asa
É bem nesse teu cantinho
Que dás e trocas carinho,
Onde afeto é luz nos breus
É ali teu recomeço
Lugar de amor e de apreço
Teu lugar, teu endereço
Recanto que te deu Deus
segunda-feira, 25 de maio de 2020
MOTE - O PAÍS QUE O CORONA VITIMOU
Não se engane que o mal grassa e assassina
E empobrece, destrói e agora alastra,
Emburrece, apequena, ataca e castra
Destruindo a riqueza que ilumina
Não permite a grandeza a que destina
E é bem triste e cruel viver da ânsia
Não educa e exalta a ignorância
E ao seu povo este bando atraiçoou
O país que o corona vitimou
Vive escravo do mal e da ganância!
MerlanioMaia
Mote: MerlanioMaia
E empobrece, destrói e agora alastra,
Emburrece, apequena, ataca e castra
Destruindo a riqueza que ilumina
Não permite a grandeza a que destina
E é bem triste e cruel viver da ânsia
Não educa e exalta a ignorância
E ao seu povo este bando atraiçoou
O país que o corona vitimou
Vive escravo do mal e da ganância!
MerlanioMaia
Mote: MerlanioMaia
POESIA LÍQUIDA - PÓS-QUARENTENA
PÓS-QUARENTENA
Merlanio Maia
E depois da quarentena
Foi entendido a mensagem?
Seremos seres melhores
Enquanto aqui de passagem?
Ou voltará a mesmice
Consumo, ilusão, tolice,
Vida de zumbi que erra
Espero que esta lição
Mostre a cada coração
O zelo, o amor, mansidão
Estes herdarão a Terra!
Merlanio Maia
E depois da quarentena
Foi entendido a mensagem?
Seremos seres melhores
Enquanto aqui de passagem?
Ou voltará a mesmice
Consumo, ilusão, tolice,
Vida de zumbi que erra
Espero que esta lição
Mostre a cada coração
O zelo, o amor, mansidão
Estes herdarão a Terra!
domingo, 24 de maio de 2020
MÚSICA - QUILARIÔ
QUILARIÔ
Baião de MerlanioMaia
A Fm#
Clareou o dia clareou
Bm
Trazendo vida pro meu lugar
A Fm#
Já raiou o dia já raiou
Bm
O Sol alumiou num clariar
D E
A explosão de cores se acendeu
D E
Na luz a esperança renasceu
D Bm
E o meu povo garrou a cantar
E
E começou sonhar
A Fm#
Liberdade
Bm E
Trouxe
a Paz, o Amor e a União
A Fm#
Liberdade
Bm E
E
o Bem venceu a escuridão
A Fm# Bm E
Que
o dia clareou, clareou, clareou...
POESIA LÍQUIDA - FICA EM CASA
*POESIA LÍQUIDA*
*FICA EM CASA*
Pra ajudar tua quarentena
Faço arte todo dia
Sou palhaço em picadeiro
Conto causo e poesia
Com minha arte nordestina
Faço prece à ação divina
Pra asserenar tua brasa
Pra te ver saudável, ativo
Eu dei e te dou motivo
Que eu quero é mais você vivo
Curta a arte e FICA EM CASA!
*MerlanioMaia*
*Receba meu buquê de poesia para encantar teu dia, Meuzamô!*
MERLANIO MAIA TODO DIA FAZ SEU SARAU POÉTICO NO FACEBOOK ÀS 15:30H.
ENTRE LÁ E PRESTIGIE!
*FICA EM CASA*
Pra ajudar tua quarentena
Faço arte todo dia
Sou palhaço em picadeiro
Conto causo e poesia
Com minha arte nordestina
Faço prece à ação divina
Pra asserenar tua brasa
Pra te ver saudável, ativo
Eu dei e te dou motivo
Que eu quero é mais você vivo
Curta a arte e FICA EM CASA!
*MerlanioMaia*
*Receba meu buquê de poesia para encantar teu dia, Meuzamô!*
MERLANIO MAIA TODO DIA FAZ SEU SARAU POÉTICO NO FACEBOOK ÀS 15:30H.
ENTRE LÁ E PRESTIGIE!
sábado, 23 de maio de 2020
SE EU MORRER, SAIBAM QUEM ME MATOU
SE EU MORRER, SAIBAM QUEM ME MATOU
(Ignácio de Loyola Brandão)
"Esta é a crônica mais delirante e real que escrevi nestes meus 27 anos neste jornal.
Se eu morrer de covid-19, saibam que fui assassinado. Sei que posso ser morto apesar dos cuidados que tomo. Estou há 50 dias encerrado em casa.
Não desço sequer para atender motoboys que trazem medicamentos, compras de supermercados ou refeições.
Gastei hectolitros de álcool gel, cheguei ao máximo de, após receber uma ligação, dar um banho no telefone com medo de ser contaminado pelo som.
Quando vejo noticiário, desligo se o presidente começa a falar, enraivecido, espalhando perdigotos, tossindo, espirrando, dando a mão, insensível, abusado.
Tenho medo de ser infectado. Aqueles olhos claros que poderiam ser amorosos e cordiais nos fuzilam com chispas de ódio.
Como deve sofrer quem vive assim na defensiva. Porque ele é pura defensiva o tempo todo.
Segundo os sábios, não podemos olhar nos olhos de uma pessoa que odeia tudo, o mundo, a vida, porque podemos trazer para dentro de nós o que ela tem de maligno.
Há o perigo de nos tornarmos como ela, malvada, perversa.
Dona Ursulina, senhora sábia, que cozinhava como poucos, avó de um primo querido, diante de gente ruim costumava dizer:
“Isso não é gente, isso é o demônio”.
E esse presidente se diz religioso, vai a cultos, agrada a fiéis, bispos, pastores, o que for. Quem ele quer enganar?
Mas algum deus está de olho. Os deuses existem, cada um sob uma forma, espírito, sopro divino. Seja o meu Deus, seja Maomé, Jeová, Alá, o Sol, Shiva, Buda, Brahma, Jina, o conquistador, ou Zeus, Júpiter, ou quantos mais houve e os novos, que andam por aí.
Bolsonaro me lembra um deus dos maoris, na Nova Zelândia, de nome Whiro, o maléfico, senhor das partes mais escuras da vida. Lendo sobre culturas primitivas, descobri semelhanças interessantes.
Diz Joan Rule em Os Foes da Papua-Nova Guiné (As Religiões do Mundo) que, naquele país, na tribo dos foes, “os homens com uma relação com as coisas maléficas e que sabiam os encantamentos devidos eram favorecidos e não seriam incomodados.
Porém os que provocassem a ira do espírito ficariam com as pernas ou o estômago inchados”. É ou não é uma definição justa para bolsonarismo, milícias, o gabinete do ódio, redes de fake news, destruição de personalidades, ataques à natureza?
Rule nos revela outra crença que é metáfora perfeita para nossos tempos. Cita a existência dos “Soros, espíritos errantes que andam aqui e acolá, sempre à espreita para prejudicar os humanos”.
Esses espíritos estão encarnados naqueles que fazem carreatas contra isolamento, pregam a hidroxicloroquina (nenhum jornal perguntou quem está lucrando com essa história), o fim do Supremo, a volta da ditadura, da tortura, do AI-5, do fechamento do Congresso.
Porque essa turma é uma seita com seu deus Bolsonaro, perto de quem os Soros e os Whiros são cândidos e celestiais. Sabemos que todas investigações morrerão nas mãos do procurador Aras.
Não nos iludamos e esta minha crônica é propositalmente desestruturada, algo caótica, porque retrata tempos que vivemos, não sabemos onde ir, o que fazer, pensar, para onde ir, de quem esperar.
O que fazer muitos sabem e têm nas mãos os poderes. Mas não fazem. Não querem.
O que aconteceu, gente? Estamos anestesiados? Hipnotizados? Amortecidos? Deprimidos? Ou temos fumado muito, mas muito, muito crack?
Para finalizar, quero dizer que, se eu morrer de covid-19, saibam que fui assassinado. Não precisam chamar a PF, nem Hercule Poirot, o inspetor Maigret, Phillip Marlowe, Sherlock Holmes, Perry Mason, Arsène Lupin, Nero Wolfe, Kay Scarpetta, Miss Marple, Charlie Chan (ah, os seriados!), inspetor Melo Pimenta (Jô Soares), Ed Mort (Verissimo), Bellini (Tony Bellotto), Mandrake (Rubem Fonseca), doutor Leite (Luis Lopes Coelho), delegado Spinosa (Garcia-Roza). Tenho uma estante cheia deles aqui em casa.
Não, não é necessário gastar cérebros em investigações. Se bem que agora nas séries o crime é descoberto em laboratório, com microscópios, dextetropinas, anfetaminas, insulinas, DNAs e produtos químicos que os atores decoram sem ter a mínima ideia do que se trata.
Saibam, caros leitores, que, se eu morrer, fui assassinado pelo presidente com sua interferência na Saúde. Eu e milhares, uma vez que já estamos perto dos 20 mil mortos".
(OESP, 22.05.2020)
(Ignácio de Loyola Brandão)
"Esta é a crônica mais delirante e real que escrevi nestes meus 27 anos neste jornal.
Se eu morrer de covid-19, saibam que fui assassinado. Sei que posso ser morto apesar dos cuidados que tomo. Estou há 50 dias encerrado em casa.
Não desço sequer para atender motoboys que trazem medicamentos, compras de supermercados ou refeições.
Gastei hectolitros de álcool gel, cheguei ao máximo de, após receber uma ligação, dar um banho no telefone com medo de ser contaminado pelo som.
Quando vejo noticiário, desligo se o presidente começa a falar, enraivecido, espalhando perdigotos, tossindo, espirrando, dando a mão, insensível, abusado.
Tenho medo de ser infectado. Aqueles olhos claros que poderiam ser amorosos e cordiais nos fuzilam com chispas de ódio.
Como deve sofrer quem vive assim na defensiva. Porque ele é pura defensiva o tempo todo.
Segundo os sábios, não podemos olhar nos olhos de uma pessoa que odeia tudo, o mundo, a vida, porque podemos trazer para dentro de nós o que ela tem de maligno.
Há o perigo de nos tornarmos como ela, malvada, perversa.
Dona Ursulina, senhora sábia, que cozinhava como poucos, avó de um primo querido, diante de gente ruim costumava dizer:
“Isso não é gente, isso é o demônio”.
E esse presidente se diz religioso, vai a cultos, agrada a fiéis, bispos, pastores, o que for. Quem ele quer enganar?
Mas algum deus está de olho. Os deuses existem, cada um sob uma forma, espírito, sopro divino. Seja o meu Deus, seja Maomé, Jeová, Alá, o Sol, Shiva, Buda, Brahma, Jina, o conquistador, ou Zeus, Júpiter, ou quantos mais houve e os novos, que andam por aí.
Bolsonaro me lembra um deus dos maoris, na Nova Zelândia, de nome Whiro, o maléfico, senhor das partes mais escuras da vida. Lendo sobre culturas primitivas, descobri semelhanças interessantes.
Diz Joan Rule em Os Foes da Papua-Nova Guiné (As Religiões do Mundo) que, naquele país, na tribo dos foes, “os homens com uma relação com as coisas maléficas e que sabiam os encantamentos devidos eram favorecidos e não seriam incomodados.
Porém os que provocassem a ira do espírito ficariam com as pernas ou o estômago inchados”. É ou não é uma definição justa para bolsonarismo, milícias, o gabinete do ódio, redes de fake news, destruição de personalidades, ataques à natureza?
Rule nos revela outra crença que é metáfora perfeita para nossos tempos. Cita a existência dos “Soros, espíritos errantes que andam aqui e acolá, sempre à espreita para prejudicar os humanos”.
Esses espíritos estão encarnados naqueles que fazem carreatas contra isolamento, pregam a hidroxicloroquina (nenhum jornal perguntou quem está lucrando com essa história), o fim do Supremo, a volta da ditadura, da tortura, do AI-5, do fechamento do Congresso.
Porque essa turma é uma seita com seu deus Bolsonaro, perto de quem os Soros e os Whiros são cândidos e celestiais. Sabemos que todas investigações morrerão nas mãos do procurador Aras.
Não nos iludamos e esta minha crônica é propositalmente desestruturada, algo caótica, porque retrata tempos que vivemos, não sabemos onde ir, o que fazer, pensar, para onde ir, de quem esperar.
O que fazer muitos sabem e têm nas mãos os poderes. Mas não fazem. Não querem.
O que aconteceu, gente? Estamos anestesiados? Hipnotizados? Amortecidos? Deprimidos? Ou temos fumado muito, mas muito, muito crack?
Para finalizar, quero dizer que, se eu morrer de covid-19, saibam que fui assassinado. Não precisam chamar a PF, nem Hercule Poirot, o inspetor Maigret, Phillip Marlowe, Sherlock Holmes, Perry Mason, Arsène Lupin, Nero Wolfe, Kay Scarpetta, Miss Marple, Charlie Chan (ah, os seriados!), inspetor Melo Pimenta (Jô Soares), Ed Mort (Verissimo), Bellini (Tony Bellotto), Mandrake (Rubem Fonseca), doutor Leite (Luis Lopes Coelho), delegado Spinosa (Garcia-Roza). Tenho uma estante cheia deles aqui em casa.
Não, não é necessário gastar cérebros em investigações. Se bem que agora nas séries o crime é descoberto em laboratório, com microscópios, dextetropinas, anfetaminas, insulinas, DNAs e produtos químicos que os atores decoram sem ter a mínima ideia do que se trata.
Saibam, caros leitores, que, se eu morrer, fui assassinado pelo presidente com sua interferência na Saúde. Eu e milhares, uma vez que já estamos perto dos 20 mil mortos".
(OESP, 22.05.2020)
POESIA LÍQUIDA HERDEIRO
HERDEIRO
Merlanio Maia
Lembra-te que és herdeiro
De Deus em magnitude,
Em paz, amor, alegria,
Sabedoria e saúde
As vidas nos dão haveres
Despertando esses poderes
Na co-criação da luz
Acorda o "eu" interior
Pois o mal, a treva e a dor
Bloqueiam a luz do amor
Nosso modelo é Jesus!
Merlanio Maia
Lembra-te que és herdeiro
De Deus em magnitude,
Em paz, amor, alegria,
Sabedoria e saúde
As vidas nos dão haveres
Despertando esses poderes
Na co-criação da luz
Acorda o "eu" interior
Pois o mal, a treva e a dor
Bloqueiam a luz do amor
Nosso modelo é Jesus!
sexta-feira, 22 de maio de 2020
POESIA LÍQUIDA - DE QUE VALE
*POESIA LÍQUIDA*
*DE QUE VALE*
De que vale o egoísmo
E o orgulho ante a morte?
Um vírus, somente um vírus
Muda o destino e a sorte
O mundo fecha-se em casa
Pois que a morte abriu a asa
E ameaça os meus e os teus
Nos dando a grande lição
De humildade, amor, perdão
E ganância é ilusão
Ninguém pode mais que Deus!
*MerlanioMaia*
*Abre teu coração à brandura da poesia, Meuzamô!*
*DE QUE VALE*
De que vale o egoísmo
E o orgulho ante a morte?
Um vírus, somente um vírus
Muda o destino e a sorte
O mundo fecha-se em casa
Pois que a morte abriu a asa
E ameaça os meus e os teus
Nos dando a grande lição
De humildade, amor, perdão
E ganância é ilusão
Ninguém pode mais que Deus!
*MerlanioMaia*
*Abre teu coração à brandura da poesia, Meuzamô!*
27 ANOS QUE VIVEMOS JUNTOS
VINTE E SETE ANOS QUE VIVEMOS JUNTOS
Merlanio Maia
Vinte e sete anos de um amor potente
De um amor caliente em tudo o que é sentido
De um amor forjado batente a batente
Às vezes nascente ao por do sol vivido
Inda ontem te disse o quanto foi bonito
Vinte e sete anos pelo mundo afora
Não sei se isso é sonho, porém acredito,
E afirmo contrito: Eu te amo agora!
Foram tantas noites de amor incontido
De riso e gemido e de luta voraz
As lutas vencemos pelo chão batido
E os erros nos deram experiência e paz
Vinte e sete anos foram completados
Foi ontem passado e eu te carreguei
Experimentamos os nossos pecados
E os pomos de lado, me amaste e eu te amei
Mas isto foi ontem e ainda te vejo
Cheia de festejo da luz juvenil
Teu corpo de hoje traz todo lampejo
Dos frutos dos beijos que o mundo não viu
E os filhos vieram na dor e alegria
Na grande magia que o amor produz
E formam conosco linda sinfonia
Que a cada dia toca e nos seduz
E ainda te amo com um amor ardente
Tão completamente te amo demais
Que nada mais temo, meu anjo valente
Segues sempre à frente e ao lado e atrás
Quem dera depois quando a vida chamar
Pudesse eu voltar e ter-te aos braços meus
Que importa a pobreza? Sou rico em te amar!
Quem dera eu voltar! Quem dera, meu Deus?!
Merlanio Maia
Vinte e sete anos de um amor potente
De um amor caliente em tudo o que é sentido
De um amor forjado batente a batente
Às vezes nascente ao por do sol vivido
Inda ontem te disse o quanto foi bonito
Vinte e sete anos pelo mundo afora
Não sei se isso é sonho, porém acredito,
E afirmo contrito: Eu te amo agora!
Foram tantas noites de amor incontido
De riso e gemido e de luta voraz
As lutas vencemos pelo chão batido
E os erros nos deram experiência e paz
Vinte e sete anos foram completados
Foi ontem passado e eu te carreguei
Experimentamos os nossos pecados
E os pomos de lado, me amaste e eu te amei
Mas isto foi ontem e ainda te vejo
Cheia de festejo da luz juvenil
Teu corpo de hoje traz todo lampejo
Dos frutos dos beijos que o mundo não viu
E os filhos vieram na dor e alegria
Na grande magia que o amor produz
E formam conosco linda sinfonia
Que a cada dia toca e nos seduz
E ainda te amo com um amor ardente
Tão completamente te amo demais
Que nada mais temo, meu anjo valente
Segues sempre à frente e ao lado e atrás
Quem dera depois quando a vida chamar
Pudesse eu voltar e ter-te aos braços meus
Que importa a pobreza? Sou rico em te amar!
Quem dera eu voltar! Quem dera, meu Deus?!
quinta-feira, 21 de maio de 2020
CORDEL DO SERTANEJÊS
CORDEL DO SERTANEJÊS
O dicionário em versos
AJÉ
AJÉ
É ADJETIVO
DE
QUEM É DESAJEITADO
QUEBRA
AS COISAS SEM QUERER
SE
CORTA, VIVE ARRANHADO,
PESSOA
MALAJAMBRADA,
CAIPORA,
BRUTA, AZARADA,
DISCONJUNTADA,
SEM FÉ,
É
UM TRATOR ONDE PASSA
O
NOME DESSA DISGRAÇA
EM
MATUTÊS É AJÉ!
AMANCEBADO
Adjetivo
amoroso
Da
malícia oriunda
Se
aplica a que não casou
Mas
juntou panos de bunda
Mora
junto e é feliz
Sem
cartório, nem juiz
Sem
padre, nem sobrenome
Mas
nas bandas do sertão
Se
diz com superstição
“TÃO
VIRANDO LUBISOME!”
APERRÊI
APERRÊI
substantiva
Tanto
quanto verborêia
Azucrina
o ser vivente
Que
se dana e se aperrêia
Um
matuto aperreado
É
como um jegue atolado
Já
vive na danação
Coçando
a cabeça diz
Te
dana! Vai-te infeliz
Cums
seiscentos milicão!
APERREIO
APERREIO
lá em nóis
É
mais que preocupar
É
um tal desassossego
Falta
de paz de lascar
O
aperreado sem paz
Anda
pra frente e pra traz
Nada
lhe serve de adorno
Diz
a esposa: -Vá acalmando
Num
vai-e-vem, vez em quando
Tu
vai terminar pisando
Em algum rastro de corno!
Quaquaquaquaquaquaaa...
ARROMBADO
Este
é um adjetivo
Da
mais alta envergadura
Que
é dado aos maiorais
De
medicina e cultura
Gênios
da engenharia
Da
música e da poesia
Pois
se o cabra é arrochado
É
o tampa da profissão
Sempre
é dito com emoção
“Tu
sois é um cabra arrombado!”
ARRIPUNAR
ARRIPUNAR
é um verbo
De
quem já se arripunou
É
o mesmo que enfarar
Se
arripunou enjoou
Arripuna-se
a comida
E
diz com cara torcida
Estás
pior que trambêi
Se
ela deu na arripunância
Pior
que repugnância
Dezarreda!
Arripunêi
AVIA
AVIA
no Matutês
Verbeteia:
Anda! Caminha!
Vai
logo! Desperta! Acorda!
Sai
daí, deixa de tinha!
Se
remelexe! Acontece!
Se
parou em cima, desce!
Sobe
lá se já desceu
Aviar
é apressar
É
fazer, realizar
Aviou?
Aconteceu!
BERADÊRO
Dá-se
o nome BERADÊRO
Ao
matuto de verdade
Dos
que só de feira em feira
Aparece
na cidade
Agricultor
fervoroso
E
muito espirituoso
Produz
de tudo na roça
E
é bem feliz nesse enredo
É
puro, é forte, é sem medo
Beradêro
é coisa nossa!
BERADÊRO
DÁ-SE
O NOME BERADÊRO
AO
MATUTO DE VERDADE
DOS
QUE SÓ DE FEIRA EM FEIRA
APARECE
NA CIDADE
AGRICULTOR
FERVOROSO
E
MUITO ESPIRITUOSO
PRODUZ
DE TUDO NA ROÇA
E
É BEM FELIZ NESSE ENREDO
É
PURO, É FORTE E SEM MEDO
BERADÊRO
É COISA NOSSA!
BÚLIN
Essa
tá palavra Búlin
Foi
criada no Sertão
Um
muleque lascou o outro
E
esse gritou do oitão:
-
Mãe, ói Zé Bulin inêu!
E
foi assim qui nasceu
O
BÚLIN pro mundo intêro
Inglêizaro
essa tristeza
Maldade
e servegonheza
Pois
BÚLIN é só malvadeza
Dos
muleque beradêro!
CAIPORA
Se
adjetiva CAIPORA
O
cabavéi azarado
Nada
dá certo pra ele
Já
vive todo quebrado
Tudo
que faz é nmal feito
Para
nada ele tem jeito
Só
chega fora de hora
O
infeliz é sempre morno
Quando
se ajunta é um corno
Triste
de quem é Caipora!!!
CAIPORA
SE
ADJETIVA CAIPORA
O
CABA VÉI AZARADO
NADA
DÁ CERTO PRA ELE
JÁ
VIVE TODO QUEBRADO
TUDO
QUE FAZ É MAL FEITO
PRA
NADA ELE TEM JEITO
SÓ
CHEGA FORA DE HORA
O
INFILIZ TÁ SEMPRE MORNO
QUANDO
CASA VAI SER CORNO
TRISTE
DE QUEM É CAIPORA!!!
COISO
SEU
COISO É A EXPRESSÃO
QUE
VEM DO VERBO COISAR
DO
ADJETIVO COISADO
TUDO
PRA DEPRECIAR
SEU
COISO É O DESAJEITADO
E
O DISINDIREITADO,
O
SAFADO, ENGANADOR,
E
NA FRANQUEZA SE DIZ:
SEU
COISO, DIZINFILIZ
DEIXE
DE SER COISADOR!
CHUMBREGAR
CHUMBREGAR
é puro verbo
Pense
num verbo importante
Foi
a partir do chumbrego
Que
o mundo seguiu adiante
Adão
chumbregou com Eva
Dispois
disso trouxe a leva
Dos
Cain e dos Abel
Cabavéi
sentou-lhe a pêia
Onde
o mangará vadeia
E
a Terra virou um Céu!
DEU
A MULÉSTA
Na
minha Nação Nordeste
Se
alguém diz: DEU A MULÉSTA
Tá
“virado” no aperreio
Suando
e franzindo a testa
É
hora ruim, meu amigo
Ou
ele viu o perigo
Ou
se prepara pra briga
Depois
disso o que lhe resta
É
gritar: Deu a Mulésta
E
enrolar feito lumbriga!
DEUZULIVE
Deuzulive
é a expressão
Do
puro nordestinês
Usada
pra se livrar
De
um mal que ronda o freguês
-Deuzulive
de doença!
-Deuzulive
da descrença
Deuzulive
de quem vive
Falando
da vida alheia
Deuzulive
de cadeia
Deuzulive
de uma peia
Deuzulive!
Deuzulive!
ENGABELAR
ENGABELAR
é um verbo
Que
traduz enganação
Cabra
que mente engabela
Questão
comum no sertão
Que
escamoteia a verdade
Seja
por vício ou maldade
Causa
espécie, nojo, horror
É
um rato o tal fulano
Rola-bosta
de cigano
Te
lasca, engabelador!
FAZÊ
CÊRA
Caba
véi, tu tem noção
Do
que seja FAZÊ CÊRA?
No
miolo do Sertão
É
quem se faz de lezêra
É
tão lenta a lentidão
Que
chega dá cumichão
Só
de ispiá, de dá fé
Quem
faz cêra é preguiçoso
É
um safado odioso
Avia,
bicho de ré!
GAITADA
Meuzamô
na minha Terra
Quando
alguém dá uma GAITADA
Galo
canta, bode berra,
Jegue
rincha em disparada
É
que a gaitada é gostosa
É
uma risada estrondosa
De
fechar a avenida
É
sinal de bem estar
Rir
faz bem! Porém gaitar...
Êita
gaitada nutrida!
HAUIHUIAUHEIAUIUAHEIUAHUHAIUEIAUHEIA
IGNORANTE
Sinônimo
de IGNORANTE
Não
é só quem ignora
Traduz
o adjetivo
Do
cabra bruto, caipora
Raciado
com jumento
Que
dá coice até no vento
Sem
ter dia, hora ou mês
Personagem
do sertão
Que
herdou o humor do cão
É
um seu Lunga de vocês!
MACAMBÚZO
É
NAS BANDAS DO SERTÃO
MACAMBÚZO
ADJETIVO
DE
QUEM VIVE SORUMBÁTICO
INTRISTICIDO, INATIVO
LÁ
NINGUÉM DIZ DEPRESSÃO
É
SÓ MACAMBUZAÇÃO
NORMAL
DE QUEM TEM ADORNO
SE
O CABRA IRMURECER
NEM
MORRE E NEM QUER VIVER
É
MACAMBÚZO DE CORNO!
MAGOTE
Quer
saber o que é MAGOTE
Magote
é um mói de gente
Quando
se ajunta na feira
Ou
num lugar diferente
Amuntuou
é magote
No
futibó, no serrote,
Em
casa ou tarrabufado
Se
quiser dançar um Xote
Tu
vai ver o que é magote
De
gente no leriado!!!
MALUVIDO
MALUVIDO
é a palavra
Pras
criança satanás
Esses
minino do cão
qui
toda ruindade faz
Esse
é o cavalo do côto
Ou
é mermo o Capiroto
Qui
aqui tá pra infernizá
Derna
do Sertão a praia
Quando
os cãozim si ispáia
Num
hái quem vá ajuntá!
MÓI
(UM MÓI)
Caba
véi, na nossa terra
Se
o matuto diz: “Um mói”
Num
pense que é mixaria
É
de arregalar o zói
Um
móim já é demais,
Já
resolve e satisfaz,
Imagina
um mói intêro?
Um
mói de grana é riqueza
Mói
de mulher é beleza
Um
mói de chifre é desespero!
MUNGANGA
MUNGANGA
É TREJEITO FEIO,
CAQUIADO
QUIXOTESCO,
CARETA,
CÉSTO, MUSSICA,
ENTORTAMENTO
DE FRESCO
UM
SUJEITO MUNGANGUEIRO
É
UM CABRA PANTINZEIRO
QUE
FAZ RIR TODO NORDESTE
ANTE
ESSA ESTRANHA MANIA
MATUTO
RINDO DIZIA:
-
DEIXA A MUNGANGA, SEU PESTE!
OXENTE
OXENTE
JÁ É UM SÍMBOLO
DA
NOSSA NORDESTINAGEM
UMA
EXCLAMAÇÃO PORRETA
QUE
TRADUZ FORÇA E CORAGEM
SE
ALGUÉM SE EXPRESSA: OXENTE!
LOGO
IMEDIATAMENTE
EVOCA
TODO NORDESTE
DE
UM POVO VALENTE E FORTE
CAPAZ
DE ENFRENTAR A MORTE
OXENTE,
CABRA DA PESTE!
PANTIM
O
PANTIM É A FRESCURA,
VIADAGE
E CAQUIADO
O
CABÔCO PANTINZEIRO
É
FRACO E DIZUNERADO
QUANDO
DELE SE PRECISA
O
CAQUIADO DESLIZA
A
MANHA NELE VADEIA
NO
SERTÃO É UM CONCEITO:
-
ESQUEÇA DESSE SUJEITO
TEM
PANTIM TÉ NAS ORÊIA!
PÉDUVIDO
Péduvido
é o lugá
Da
taba do quêxo acima
Abaxo
do cucurúte
No
escuitadô de rima
Sigundo
a geografia
É
onde a mão istagia
Pra
ajeitar cabra ruim
E
naqueles tempos ido
Os
minino maluvido
Aprendia
tudo infim!
SERÃO
Cumpade
véi fez SERÃO?
Serão
é substantivo
Que
traz em si a questão
Se
o cabra manteve ativo
A
noite inteira na luta
Enfrentando
uma labuta,
Cachaça,
amor, ou lazer,
Ou
quem sabe a safadagem
Quando
bate a ressacagem,
Foi
serão de esmorecer!
SEU
DOTÔ
SEU
DOTÔ TRADUZ A HONRA
NA
FORMA DE TRATAMENTO
SE
O MATUTO LHE APRECIA
NÃO
LHE TEM CONHECIMENTO
TRATARÁ
DE SEU DOUTOR
SEJA
UM AGRICULTOR,
PROFESSOR,
ADVOGADO,
MILITAR,
CIRURGIÃO,
FALARÁ
DE CORAÇÃO:
-
SEU DOTÔ, SOU SEU CRIADO!!!
SIRICUTICO
Siricutico
é o mesmo
Que
dizer “deu passamento!”
É
o mesmo que “se apagar”
“Dar
farnizim” num tormento,
Que
é o mesmo que “escangotar”,
“Desmaiar”,
“sair do ar”,
“Ter
um troço” nesse pico
Lá
nas bandas do Sertão
Siricuticou
irmão,
Só
torna a pisar no chão
No
fim do Siricutico!
TARRABUFADO
TARRABUFADO
É O FORRÓ
QUE
É CHEIO DE GENTE BOA
DAQUELES
QUE FAZ SUCESSO
ONDE
NINGUÉM FICA À TOA
SEJA
FORRÓ OU SERESTA
É
SINÔNIMO DE FESTA
TODO
MATUTO É CHEGADO
ALI
SE DANÇA E NAMORA
SE
BRINCA E SE COMEMORA
ONDE
É O TARRABUFADO?
TIRINÊTE
Cumpadi
véi, TIRINÊTE
No
Matutês do Sertão
É
tudo muito e demais
Trabalho,
serviço, ação,
Briga,
furdunço e cacete:
-
Minino, foi Tirinête!
Tirinête
no serão
Na
luta, na gafiêra,
Na
roça e no mêi da feira
É
Tirinête, patrão!
TRUÇÚI
Truçúi
é o “Mala-sem-alça”
O
chupão, o chaminxuga,
O
escorão, o malandro
A
peste, o piôi, a pulga
Quando
encontra uma mulher
O
triste faz o que quer
Da
pobre barata tonta
Esse
é um truçui lascado
Quem
pegar o desgraçado
Na
intruçuidada tá pronta!
TRAMBÊI
TRAMBÊI
na nordestinagem
Usa
pra diminuir
Desvalorizar,
tirar
O
valor do possuir
-
Tira esse trambêi da frente!
-
Isso é trambêi, num é gente!
-
Ô trambêi dizarrumado!
Trambêi
ali é trambolho
Portanto
fique de olho
Trambêi
é trambêi coisado!
TURICA
Turica
na nossa língua
Da
nação da matutage
É
o famoso dirmaio
Um
malestá e descorage
É
mermo que passamento
É
um escurecimento
Que
carrega a alegria
É
quando diz-se: apagou!
Escafedeu,
viajou
E
só tornou no outro dia
VÔTI
VÔTI
É PALAVRA DE PESO
PODEROSA
EXCLAMAÇÃO
QUANDO
O CABRA SE ADMIRA,
E
PRECISA DAR PRESSÃO
ONDE
SE ESTRANHARIA
UM
ÔXXXI, OU VIXIMARIA
PELO
NOJO OU FARNIZIM
UM
VÔTI VEM POR DETRÁS
SEGUIDO
DE UM “SATANÁS”,
VADIRETRO
Ô COISA RUIM!”
POESIA LÍQUIDA - 33 ANOS
*POESIA LÍQUIDA*
*33 ANOS*
A estrela luminosa
Viva, estonteante e bela
Que exala o cheiro da rosa
Que dorme comigo, é Ela
Ela com o "E" maiúsculo
Que ao poeta minúsculo
Trouxe a vida e deu-me o Céu
Fez clarão na madrugada
Com seus encantos de fada
Tornou-se a mulher amada
Tem como nome: Raquel!
Raquel que há 33 anos
Faz minha alma completa
Raquel é um sonho nos planos
Por quem tornei-me poeta
E entre farturas e apertos
Entre quedas e acertos
Me encanta e me faz amado
Nos seus braços sou menino
Ela é um vinho divino
Que juntou nosso destino
Num sonho de amor amado
33 anos de amor
33 anos crescendo
33 anos em flor
33 anos fazendo
33 anos levando
33 anos doando
33 anos pra luz
33 anos de canto
33 anos de encanto
33 número santo
33 tal qual Jesus
E 33 segue adiante
Seja na Terra ou no Céu
Quero acordar ao teu lado
Quero dormir com Raquel
Que esse amor é construído
No Céu e à Terra descido
Quando caio dá-me a mão
Ainda vejo Ela a estrela
Mais brilhosa, doce e bela
Que entra em minha janela
LUZ NA MINHA ESCURIDÃO!
*MerlanioMaia*
*Há 33 anos ela ainda brilha fazendo da minha vida poesia, Meuzamô!*
*33 ANOS*
A estrela luminosa
Viva, estonteante e bela
Que exala o cheiro da rosa
Que dorme comigo, é Ela
Ela com o "E" maiúsculo
Que ao poeta minúsculo
Trouxe a vida e deu-me o Céu
Fez clarão na madrugada
Com seus encantos de fada
Tornou-se a mulher amada
Tem como nome: Raquel!
Raquel que há 33 anos
Faz minha alma completa
Raquel é um sonho nos planos
Por quem tornei-me poeta
E entre farturas e apertos
Entre quedas e acertos
Me encanta e me faz amado
Nos seus braços sou menino
Ela é um vinho divino
Que juntou nosso destino
Num sonho de amor amado
33 anos de amor
33 anos crescendo
33 anos em flor
33 anos fazendo
33 anos levando
33 anos doando
33 anos pra luz
33 anos de canto
33 anos de encanto
33 número santo
33 tal qual Jesus
E 33 segue adiante
Seja na Terra ou no Céu
Quero acordar ao teu lado
Quero dormir com Raquel
Que esse amor é construído
No Céu e à Terra descido
Quando caio dá-me a mão
Ainda vejo Ela a estrela
Mais brilhosa, doce e bela
Que entra em minha janela
LUZ NA MINHA ESCURIDÃO!
*MerlanioMaia*
*Há 33 anos ela ainda brilha fazendo da minha vida poesia, Meuzamô!*
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