segunda-feira, 15 de abril de 2024

NARRA A LENDA

 NARRA A LENDA


Narra a Lenda que Kardec

Saiu, não disse a ninguém

Sem celular, sem notícias

Senhora Kardec vem

Muito aflita a procurar

Até que vai se lembrar

De uma médium com heroísmo

Recebe dum amigo velho:

Kardec faz o Evangelho

Segundo o Espiritismo!

(Merlanio)


POEMA EM HOMENAGEM AOS 160 ANOS DO LANCAMENTO DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

sábado, 13 de abril de 2024

NORDESTINAÇÃO DIVINA

 


NORDESTINAÇÃO DIVINA


Boa noite meus senhores 

E senhoras desta sala

Permita-me esta fala

Que a paz esteja em nós

Que Jesus nos ilumine

Somos da Nação Nordeste

E é aqui que Deus investe

O Evangelho é sua voz


Eis aqui o Paraíso

Basta olhar na redondeza

Que beleza a Natureza

Meu Nordeste é o Paraíso

E esse Sol que nos aquece?!

E esse Luar do Sertão?!

Nos enche de emoção

Como um sonho mais preciso


E as praias e o oceano

E as ondas beijando a areia

Qual floresta que se alteia

Sob o mar misterioso

Da Mata Atlântica à Caatinga

Tudo traz frutos e flores

Suscitando-nos amores

Por Deus todo poderoso


Aqui tem santos e reis

A Arte por todos os cantos

E os cantos cheios de encantos

Das três raças misturadas

Que produziram esse povo

Com os ritmos, e as melodias

Os poetas e as poesias

Culturas miscigenadas


Nosso povo é um prêmio à parte

Amoroso e sedutor

Cheio de afeto e de  amor

Que abraça o outro sem manha

Como se fosse um irmão

Irmão que de fato o é

Esse meu povo tem fé

Fé que remove montanha


E Deus sem que eu pedisse

Mandou nascer no Nordeste

Que honra imensa e inconteste

Que Deus-pai me concedeu

Antes de eu reencarnar

Mandou me apresentar

O Céu, o Sertão, o Mar

Tudo isso me aconteceu


No Maranhão me mostrou

O Boi Bumbá da nação

Os seus lençóis e a canção

Que no Maranhão nasceu

Os tambores de crioula

O Reaggae nos seus altares

Tambor danças populares

Minha alma se estremeceu


Passando no Piaui

A Serra da Capivara

Minha alma se asserenara

Nas danças daquele povo

Bumba meu Boi e Congada

E o Cavalo Piancó

Congada e Reisado e eu só

Pensava em nascer de novo

Rabecas e Bandolins

E as danças e os querubins  

Fiquei qual pinto no ovo


Quando vi o Ceará

Pensei que não sairia

O Forró e a Poesia

E as Pinturas, que beleza

Sua história me encantava

Muita luz e o bom humor

E a natureza um primor

Que tão rica Natureza

Terra de grandes artistas

Músicos e humoristas

Que apaixonei com certeza


No Rio Grande Potiguar

O Caju, o Carnaval,

Patrimônio Cultural

O Boi Calemba, Caboclinho

O Pastoril, o Fandango

O Forró e o nosso Baião

Tudo em primor e emoção

Construído com carinho

E as praias... que lindeza

Chocou-me tanta beleza

E já não me senti sozinho


Deus me mandou à Bahia

Com sua crença e misticismo

Os santos e o heroísmo

Da mãe-África pela paz

Que povo lindo da noite

A Culinária com história

As danças e a memória

E a força dos ideais

Quase me baianizei

Que grandeza ali, meu rei

E ainda tinha muito mais


Em Sergipe Deus levou-me

Querendo me encantar

E também me fez provar 

Da culinária dos mares

Do São Gonçalo a Taieira

Da Chegança, do Guerreiro,

Do Reisado ao Cangaceiro

Lindezas desse lugar

E as praias de encantamento

Tudo fez Deus num momento

Pra o povo nordestinar


Dali fui para Alagoas

E Deus não deixou-me só

Que lindeza Maceió

Não é brincadeira não

Vi o Côco Alagoano

As danças, o Pastoril,

E o azul do mar bravio

Traduziu minha emoção

Deus falou dentro de mim:

-Essa beleza sem fim

É pra vossa evolução!


Subimos um pouco mais

E cheguei em Pernambuco

E eu quase fico maluco

Com as belezas acolá

E Deus disse: Meu poeta,

Aqui há herança nativa

Da Europa e da África viva,

E a Holanda veio cá

E é preciosa a mistura

Pra formatar a cultura

Do Nordeste de Oxalá


E dançando o frevo bom

Maracatu e outros mais

Cheguei com imensa paz

No paraibano chão 

E Deus disse é bem aqui

Onde o Sol nasce primeiro

E o vento corre fagueiro

No azul da imensidão


Sim! 

E esse sotaque e esse olhar,

E essas praias tão lindas

Onde as gentes são bem-vindas

Onde o manjar é o cuscuz

Sou serras, sou terras, vidas

Sou praias e sou Sertão

Sou do Cariri irmão

Sou Paraíba de Luz


Pois bem a minha viagem

É o jeito de apresentar

Esse lugar de sonhar

Um lugar que a gente veste

Quis mostrar no meu poema

Que nação especial

Que templo fenomenal

De grandeza espiritual

Que nós chamamos Nordeste


Então bem-vindos irmãos

Do Nordeste Brasileiro

Somos pedras do terreiro

Que o próprio Jesus ergueu

Pedras do Reino divino 

No Evangelho do Amor

Pedra feliz ante a dor

Simãos, Paulos e cirineu

Joãos, vestindo a camisa

Da luz que se faz precisa

Desse dom que é meu e teu!

E aqui fomos semeados

E pelo Mestre cultivados

Que o Nordeste Deus nos deu!

(Merlanio)