quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

GEME E CHORA A NATUREZA


No seu imo a Terra chora
Vendo a vida se esvair
E o homem, mau, poluir,
Toda a fauna e toda a flora
Mas a ganância devora
Mata a mata e seca o chão
O mar vai virar sertão
Sertão vai ser chama acesa
Geme e chora a natureza
Onde o homem põe a mão!

Santos Dumont, o inventor,
Não agüentou, morreu!
Só porque o invento seu
Virou arma de terror
Das asas cai o pavor
Das bombas cuja explosão
Penetra no coração
Da Terra qual chama acesa
Geme e chora a natureza
Onde o homem põe a mão!

Indústrias poluem rios
Navios poluem mar
Tanto incêndio infesta o ar
Veneno desce aos baixios
São grandes os desafios
A Terra perde o pulmão
E o homem já sem razão
Inda amealha riqueza
Geme e chora a natureza
Onde o homem põe a mão!

Quem herdar este planeta
Herdará dor, sofrimento,
Muita tristeza e lamento
Tanta sede e a peste preta
Vírus feitos em proveta
Doenças em profusão
Tudo que é mutilação
Da genética à torpeza
Geme e chora a natureza
Onde o homem põe a mão!

Morrem os rios cantando
Morre a mata, morre o ar,
Morrem os peixes no mar,
Que o plâncton vai se acabando
O ser humano ceifando
A vida do seu irmão
É o demônio da ambição
Buscando a torpe riqueza
Geme e chora a natureza
Onde o homem põe a mão!

Ver isso nos causa dor
Geleiras descongelando
E o planeta esquentando
Gerando um forte estupor
A sina de Cantador
Faz gritar minha canção
Rompendo essa maldição
De silencio e de fraqueza
Geme e chora a natureza
Onde o homem põe a mão!

Não se vê mais passarinho,
Com seu canto pra alegrar
Chora quem pode chorar
Na Terra, triste e sozinho,
Não há casa, lar ou ninho,
Não há filho nem irmão,
Não há país nem nação
Só rios de lava acesa
Geme e chora a natureza
Onde o homem põe a mão!

Oh! Grande mãe, doce Terra,
Não permite aos filhos teus
Distanciados de Deus
Virarem filhos da guerra
Nos toma nas mãos e encerra
Chama a força do tufão
Ensina ao filho malsão
Teu poder e realeza
Geme e chora a natureza
Onde o homem põe a mão!

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