POESIA NOSSA DE CADA DIA
DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Ó Deus de todas as raças
Senhor de todo esplendor
Desperta a humanidade
Para a grandeza do amor
O egoísmo e o orgulho
Triste lixo, torpe entulho
Que até hoje desnivela
Impondo uma estranha fala
Que ao negro empobrece e cala
Que o gemido da Senzala
Ainda chega na Favela
Mas é o terceiro milênio
E o progresso é visível
Toda tecnologia
Faz o mundo inteligível
Mas o atraso e a indecência
Nos macula a consciência
Que o preconceito revela
E a vida negra resvala
Não há espaço na sala
E o gemido da Senzala
Ainda chega na Favela
E a luta se faz urgente
Pra se ter libertação
Meu irmão negro empobrece
Sofre e chora em aflição
E onde o homem branco impera
Tem afronta à Nova Era
Que sua indecência sela
Pra silenciar a fala
Do homem negro que entala
Com o gemido da Senzala
Que inda chega na Favela
É dia da consciência
Negra com força e atitude
Rompendo com a indecência
Do desrespeito à virtude
Somos todos igualmente
Vindos da mesma semente
Da luz de uma estrela bela
Somos de Deus os eleitos
Que se enterre os preconceitos
E em nós vigore os respeitos
Sem Casa Grande ou Favela!
MerlanioMaia
20.11.20
Que a poesia seja um grito de amor à humanidade de todas as cores, sexos, raças, classes e etnias, Meuzamô!