Sintonizando com Castro Alves, fizemos este poema para firmar o momento político em que vivemos.
O dia do nego é um poema condoreiro que mostra bem a mudança do Brasil em direção ao seu povo e a construção de um amanhã venturoso.
Merlânio Maia
A malta ruge inflamada
Do poder longe, alijada
Delira e na sanha sonha
Ainda mente e conspira
Regurgita o ódio e grita
Mente e se inflama medonha
Inda mantém sua gana
Da onda torpe e tirana
Busca o poder e os lauréis
Ah! Desejo inalcançado
Os favores do reinado
Porém chafurda ao revés
Sãos tristes anões morais
Que em pecados capitais
Outrora foram poder
Agora amargam distância
Daquilo que produz ânsia
Locupletar e sorver
Como os Césares romanos
Perderam seus tristes planos
De reis da corrupção
E travestidos de novos
Intentam lograr os povos
Nas portas da eleição
Mas seu tempo é o passado
Como zumbis sem reinado
Estorcegam-se no mal
Encarcerados no ódio
Igual Mar Morto no sódio
Navegam sem ideal
Chegou o dia do Nego
E o povo não é mais cego
Já vive de alma sã
Busca outro amanhecer
Nega o mal pra o bem nascer
E constrói seu amanhã
E o mal num sonho louco
Grita ao povo seu som rouco
Maquia-se novamente
E o povo ganha a cidade
A cantar a liberdade
Dança a sorrir novamente
Nega-lhe último suspiro
Queima na noite o vampiro
Liberta-se desse mal
Retorna ao canto de novo
Pois que a praça é do povo
E o povo vive o ideal!
Enterra a dor do passado
De um tempo mal assombrado
De fome, tristeza e horror
E constrói sua esperança
Com a verdade e a bonança,
A alegria, a Paz e o Amor!
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