quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O POEMA E A FRUIÇÃO

O POEMA E A FRUIÇÃO
(Merlânio Maia - 27.11.2013)

Eu sou mesmo é um artesão
Quando produzo poemas
Recolho sílabas, tons,
Qual artesão ante as gemas
E as palavras viram rimas
Umas irmãs, outras primas,
Encrava tudo de novo
E a jóia logo completa
O artesanato e o Poeta
Depois vai e mostra ao povo!

Quando o poeta verseja
Sobre a dor, o amor, a amada...
Não trata somente dele
É universalizada
Seu ego desaparece
E uma sinfonia cresce
De som, imagem e emoção
Nessa hora a alma canta
E o poema decanta
A espera da fruição

Cada poema tem vida
Tem alma e tem o devir
Mas ainda é incompleto
Precisa alguém pra fruir
Quem frui empresta a metade
Pra completar a verdade
Que suscita a vida aos seus
E aquela palavra "amada"
É de quem frui, a adorada!
Poesia é língua de Deus!!!

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