Quem não pode cantar seja feliz
Escutando as histórias que ora canto
Merlânio Maia
Inda ontem ao chamado da poesia
Decantei com os maiores do Universo
Com Leandro de Barros teci verso
E com Pinto cantei com alegria
Com Catulo chorei de nostalgia
Mas com Cego Aderaldo me refiz
E no canta-que-canta e diz-que-diz
Vislumbrei Castro Alves como um santo
Escutando as histórias que ora canto
Quem não pode cantar seja feliz
Vi Bilac bem de longe escrevendo
Um soneto que decantava estrelas
Vi Boccage mirando para vê-las
Lá do alto Vinícius foi descendo
Guerra Junqueiro foi me envolvendo
E dizendo para meu grande espanto
Que poesia é uma forma de encanto
É o ingresso a este celeste país
Quem não pode cantar seja feliz
Escutando as histórias que ora canto
Zé da luz na cadeira a balançar
Declamava a mais pura e bela trova
O Formiga e o Cornélio davam prova
Que eram bons, no Galope a Beira Mar
Vi Lourival, Marinho eu vi glosar
E as violas continham tal verniz
Que brilhavam na luz de fino giz
E o trinado parecia acalanto
Escutando as histórias que ora canto
Quem não pode cantar seja feliz
Foi a noite mais bela dessa vida
Com milhares de poetas de além-cova
E ali, produziram-se as provas
Que a vida é infinita e incontida
E esses poetas deram-me acolhida
E essa noite eu vivi cheio de encanto
Quando aqui despertei verti meu pranto
Desejando voltar ao tal país
Quem não pode cantar seja feliz
Escutando as histórias que ora canto
4 comentários:
Mas rapaz, ainda ontem eu estava aí em Olinda!Mas não tem nada não,outros irão!
Grande abraço!
Deixando meu apoio ao poeta! Meu irmão, nem o Google te cala, que essa voz alcance os 4 cantos do mundo virtual, corporal e espiritual!
Fica com Deus!
Valeu, Erick,
Abração!
Merlânio
Valeu, Siqueira, meu irmão!
Abração!
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