domingo, 9 de setembro de 2012

Escutando as histórias que ora canto


Quem não pode cantar seja feliz
Escutando as histórias que ora canto
Merlânio Maia 

Inda ontem ao chamado da poesia 
Decantei com os maiores do Universo 
Com Leandro de Barros teci verso 
E com Pinto cantei com alegria 
Com Catulo chorei de nostalgia 
Mas com Cego Aderaldo me refiz 
E no canta-que-canta e diz-que-diz 
Vislumbrei Castro Alves como um santo 
Escutando as histórias que ora canto 
Quem não pode cantar seja feliz 

Vi Bilac bem de longe escrevendo 
Um soneto que decantava estrelas 
Vi Boccage mirando para vê-las 
Lá do alto Vinícius foi descendo 
Guerra Junqueiro foi me envolvendo 
E dizendo para meu grande espanto 
Que poesia é uma forma de encanto 
É o ingresso a este celeste país 
Quem não pode cantar seja feliz
Escutando as histórias que ora canto

Zé da luz na cadeira a balançar 
Declamava a mais pura e bela trova 
O Formiga e o Cornélio davam prova 
Que eram bons, no Galope a Beira Mar 
Vi Lourival, Marinho eu vi glosar 
E as violas continham tal verniz 
Que brilhavam na luz de fino giz 
E o trinado parecia acalanto 
Escutando as histórias que ora canto 
Quem não pode cantar seja feliz 

Foi a noite mais bela dessa vida 
Com milhares de poetas de além-cova 
E ali, produziram-se as provas 
Que a vida é infinita e incontida 
E esses poetas deram-me acolhida 
E essa noite eu vivi cheio de encanto 
Quando aqui despertei verti meu pranto 
Desejando voltar ao tal país 
Quem não pode cantar seja feliz 
Escutando as histórias que ora canto 

4 comentários:

Siqueira disse...

Mas rapaz, ainda ontem eu estava aí em Olinda!Mas não tem nada não,outros irão!
Grande abraço!

ツ Erick S. A. Machado ツ disse...

Deixando meu apoio ao poeta! Meu irmão, nem o Google te cala, que essa voz alcance os 4 cantos do mundo virtual, corporal e espiritual!

Fica com Deus!

Unknown disse...

Valeu, Erick,

Abração!

Merlânio

Unknown disse...

Valeu, Siqueira, meu irmão!

Abração!