E agora acorda em seu triste monturo
Com sanguessugas que sugando vão
Incomodando heróis no cemitério
Na triste noite da corrupção!
Seus mortos, hoje, tão desesperados
Saem às ruas, levantam bandeiras ,
Dançam nas praças, alamedas, feiras ...
Profundamente decepcionados
De Tiradentes escuta-se os brados
De Castro Alves a indignação
Voltam os poetas da libertação
Junto aos heróis, do além , republicanos,
Dançam nas noites contra os tais tiranos
Na triste noite da corrupção!
Se o tempo urge, a tal nação se arrasta...
Presenciando o roubo deste estado
- Aos miseráveis , pão com circo basta !
E a liberdade escorre pela mão
E num crescendo se esparrama ao chão
No gesto tosco desse vai e vem
Na triste noite da corrupção!
Os pigmeus da moral querem trono
Brasil delira feito um cão sem dono
Enferrujado na acomodação
A idiotice contamina o chão
O povo dorme e o vazio é extenso ,
Os mortos gritam vendo o mal imenso
Na triste noite da corrupção!
A hipocrisia é corrente moeda
E a mentira agora é um ideal
A mídia cria a tal versão final
E o fato perde a força e leva queda
A lama envolve e a TV faz serão ,
Faz a cabeça – dona da razão !
E o povo teme e tremendo obedece.
Há uma teia que a aranha tece
Na triste noite da corrupção!
Brasil desperta, apresenta a imponência !
Levanta o braço de enorme nação
Faz teus heróis renascerem de novo
Na triste noite da corrupção!
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