quarta-feira, 1 de abril de 2020

O VÍRUS E A POMBA DA PAZ


POESIA LÍQUIDA

O VÍRUS E A POMBA DA PAZ
Merlanio Maia

Os conflitos cessaram pelo mundo
E os soldados voltaram para casa
Grande *Pomba da Paz* abriu sua asa
E levou seu correio mais fecundo
E as nações se uniram num segundo
Contra um triste inimigo invisível
Silencioso, terrível e insensível
Desumano que aqui fez moradia
Arrasando e matando dia a dia
Com um poder visceral e transmissível

E quem era essa força inominável
Que parara a indústria armamentista
E de um dia pra outro já conquista
O planeta de forma indubitável
Caem muros! E é inacreditável!
As pessoas se acolhem nas famílias
Unem cônjuges, pais, filhos e filhas
E os doentes e frágeis socorridos
Sob uniões de amores reprimidos
Formavam continentes que unem ilhas

E as pessoas em casa respeitavam
E ao planeta também não poluíam
E cantavam e em prece agradeciam
E as matas e animais se curavam
E os rios e os mares clareavam
E as estrelas no Céu faziam festa
E os guardiões exultaram na floresta
E o mundo resfriou seu calor
E entenderam aí o bem do amor
Como única saída que ‘inda resta

E os cientistas foram valorizados
E os médicos e técnicos em saúde
Demonstraram sua imensa virtude
E outros tantos valores resgatados
E a ciência e os cientistas respeitados
Solidariedade e educação
E o planeta viveu essa emoção
De quem fez do Amor e à Paz o guia
E mudar toda tecnologia
Pra cessar toda guerra sem noção

Basta um vírus pra o homem entender
O quão frágil ele é na impermanência
É preciso usar bem a inteligência
Respeitando o direito do viver
Que a vida é um dom do eterno Ser
Só no desarmamento dos seus "eus"
Sem fronteira de nobres ou plebeus
Todos juntos a caminho do Amor
Só assim chegaremos ao esplendor
Preparado para os Filhos de Deus!
MerlanioMaia

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