O CRONISTA DO CORDEL
DUAS CARAS
Merlânio Maia
O que vês no
teu espelho?
Que imagem há
de mostrar?
A de um homem
honrado e simples
Um só em todo
lugar?
Ou de um triste
mascarado
Duas caras
dissimulado
Cheio de dolo e
má-fé?
Interesseiro e
mesquinho
Que se faz um
cordeirinho
Mas és serpente
de pé?
Jesus o Mestre
divino
Chamou
“Sepulcros caiados
De branco e
limpo por fora
Mas por dentro
recheados
De podridão”. É
o que sois?
Ontem, agora e
depois
Sereis tratados
assim
Com a verdade
alcançando
E as máscaras
te revelando
Que o mal sempre
terá fim!
Quando apontas
um dedo
Três dedos teus
te acusam
Em breve
sentirás medo
Volta o mal de
que se abusam
Não adianta nem
gritar
Bradar, gemer,
blasfemar
É a Lei de
causa e efeito
Que vai no
endereço certo
Na multidão, no
deserto
No encontro do
mal eleito
Não se engana o
tempo inteiro
Todo mundo de
uma vez
Um dia a casa
na areia
Ruirá na
insensatez
A mentira é
desmentida
A calúnia
destruída
O sol esfuma os
teus breus
Quando esta
hora chegar
Quem de ti irá
lembrar
Que a Justiça
irá cobrar
São as Leis
santas de Deus
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