sábado, 22 de março de 2014

A SAGA DE ASSIS LIMA


Meus amigos,

Hoje desejo homenagear um homem de fibra cujo amor reuniu e deu vida a muitas outras famílias. Trata-se de JOSÉ DE ASSIS LIMA, que há exatamente sete dias deixou o mundo mais pobre com a sua partida para a vida maior.

Mas seu exemplo nos toca a alma e estimula sempre, pois nos setenta e seis anos que esteve entre nós deu exemplo de amor, serenidade, aconchego, carinho e mostrou como se deve manter uma família unida pelo simples sentimento de fraternidade.

Salve Assis!!!

Rememoro o poema em sua homenagem que fiz nos seus setenta anos. Segue...

A SAGA DE ASSIS LIMA
Autor: Merlânio Maia

É hoje um dia de festa
Há alegria nesta hora
Pois O querido Assis Lima
Completou Setenta agora
E é tanta felicidade
Que é visto pela cidade
Gente que ri e que chora

- Porquê? Perguntava o povo
E eu respondi na embolada
Há setenta exatos anos
Num lugar Serra Talhada
Nascia um moleque nu
Galego do zóio azul
Fazendo arte pela estrada

Dona Cotinha gritou:
- É homem, é um cabra macho!
Seu Abel observou
Que ele trazia um cacho
E gritou: É o segundo!
Assim vou encher o mundo,
A fôrma dá dez, eu acho!

Mas, porém, naquele dia
O mundo se alegrou
A família enriqueceu
Só porque Assis chegou
O galo cantou de noite
O vento fez um açoite
Dizem que um jegue rinchou

E assim Assis cresceu
Robusto e cheio de vida
Com a liderança nata
Pra tudo tinha saída
Seu Abel se orgulhava
E a família aumentava
Na união pretendida

Quanto engrossou o talo
Viu que a hora era chegada
Deus lhe dera um outro plano
E ele peitava a parada
No albor da mocidade
Sonha com a grande cidade
E deixa Serra Talhada

E vai viver em Recife
Capital pernambucana
Ganha nome e abre espaço,
Faz fama e aumenta a grana
Trabalha sem desatino
E assim faz seu destino
Crescer de forma bacana

Porém Deus tinha outros planos
E quando essa voz ecoa
Como José do Egito
Ele ouviu a voz na proa
E Assis obediente
Escutou ali na frente:
- José, vai pra João Pessoa!

Capital paraibana
A terra lhe fortalece
Ele descobre que a vida
Todo dia lhe amanhece
Trazendo-lhe a nova aurora
Que ele se esmera agora
Para ter o que merece

Assis galã de novela
Bonito e cheio de fã
Bastava estalar um dedo
Que criava logo um clã
E teve mulheres mil
Nas veredas do Brasil
Traçando de gente a rã

No seu primeiro romance
Nasce o primeiro menino
Eduardo anjo de Deus
Que tinha um santo destino
Deus-Pai o levou pra casa
Hoje este anjo de asa
Vela por nós com o Divino

Veio Raquel a pequena
Essa é sortuda demais
Cujo destino é tão belo
Conheceu jovem rapaz
Um poeta apaixonado
Hoje com ela casado
Santo poeta da Paz

Mas foi Norma a pequenina
Com o poder de gigante
Que dominou a emoção
E o coração do galante
Assis perdeu as botina
Quase vestia a batina
Desse momento em diante

Assis se casa com Norma
Pois deseja uma família
Trabalhando noite e dia
Comprou a casa e mobília
Assim construiu seu lar
Conjugando o verbo amar
E recarregando a pilha

E Deus mandou Sandra Helena
Filha morena, charmosa
Que lhe trouxe a Heleninha
Uma mocinha formosa
E guerreiro Aramis
Este Deus fez como quis
De uma mente poderosa

E vem Júnior um grande gênio
Sendo daqui oriundo
Tinha ânsia de cientista
E botou o pé no mundo
E hoje mora na Zorópa
Dando uma finesse a tropa
Onde é um gênio fecundo

E enfim veio Paulo Henrique
Um astro neste reinado
Sempre um fiel escudeiro
Muito bem relacionado
Amante e cheio de vida
Galante na sua lida
Caboclo bom, meu cunhado!

Mas o mais interessante
É o que Assis conseguiu
Unir a imensa família
No caminho que seguiu
Como galinha juntou
Seus irmãos e amontoou
Tanto amor que jamais viu

Trouxe para João Pessoa
O pai e a mãe com carinho,
Gildete com sua prole,
Zizi, João e Netinho,
Socorro, Sidney e Abel,
Zélia que hoje está no céu,
E Carlos vulgo: Carlinhos.

Agora faço uma pausa
Para homenagear
Zélia querida e amada
Que voltou para o seu lar
Esse anjo tão querido
É o nosso amor preferido
Que com Jesus foi morar

Agora volto ao poema
Aqui falo de Assis
Que mostrou a João Pessoa
Os sertanejos gentis
E foi aqui semeando
E a cidade dominando
Fazendo gente feliz

Esse povo, meu amigo,
Povoou nossa cidade
Hoje há mais de um milhão
É o clã Lima de verdade
Dá mais Lima que laranja
Cada um mais mil arranja
É quase calamidade

Mas seu amor é bonito
Que hoje há festa na aldeia
Todos nós somos amados
O abraço e o beijo vadeia
É tanto amor e bonança
Que até a tenra criança
Sente que há luz na candeia

Eu mesmo Merlânio Maia
Misturei-me ao esplendor
Meu sangue está misturado
Também carrego o andor
Faço parte da alegria
Trago na minha poesia
E por todos tenho amor

E agora eu digo: - José
De Assis Lima, tu tens,
O tesouro entesourado
Que não cabe em dez mil trens
Pois construístes na terra
Um céu de amor, sem guerra,
Teu coração luz encerra
POR ISSO, OS MEUS PARABÉNS!

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