MÃE
MALVADA
Merlânio
Maia
Mãe
malvada, mãe malvada!...
Foste
sim a responsável
De
dar fim as brincadeiras
Me
deixando inconsolável
Ficava
triste, chorando,
Muitas
vezes blasfemando
-
Porque tanta malvadeza?
Mas
tua mente divina
Me
ensinava a disciplina
A
coragem e a fortaleza
Mãe
malvada quantas vezes
Me
obrigavas a estudar
Longas
horas sem descanso
Cheguei
perto de odiar
Mas
teu rosto iluminava
Quando
o boletim chegava
É
que esculpias em mim
O
esforço para a vida
E
a recompensa devida
Da
competência sem fim
Mãe
malvada que fazia
Arrumar
o quarto inteiro
Às
vezes até gritava
Dizia:
- Arruma o chiqueiro!
Eu
arrumava chorando
Mas
era tu me ensinando
De
minhas coisas cuidar
Preparando
mais a fundo
Pra
que enfrentasse o mundo
E
aprendesse a prosperar
Mãe
malvada que até mesmo
Meus
amigos conhecia
Afastava
muitos deles
E
eu não te entendia
E
morria de vergonha
Pois
tu sem ter cerimônia
Despachava-os
de início
E
foi devido a teu zelo
Que
nunca fiz desmantelo
Nem
contraí nenhum vício
Mãe
malvada eu hoje entendo
O
quanto tu me amavas
Mesmo
que eu não te entendesse
Em
mim sempre acreditavas
Mas
o que eu tinha certeza
Que
era pura malvadeza
Era
só tua missão
Que
cumpristes com desvelo
E
é por teres tanto zelo
Que
sou este cidadão
Olho
pra trás ó mãezinha
E
hoje consigo ver
O
que naqueles momentos
Não
poderia entender
Sei
que muito te cansavas
Mas
a mim te dedicavas
Ser
mãe dura era uma dor
De
ser mãe incompreendida
Eu
sei, mãe, que a minha vida
Foi
feita por teu AMOR!
Por
isso neste teu dia
As
palavras eu não tenho
Para
dizer o que sinto
De
teu amor, teu empenho
Tua
idade já avança
Sou
o homem que foi criança
Grande
pelos atos teus
E
reconheço afinal
Que
mãe tão especial
É
esta que me deu Deus!!!
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