TUA DISTÂNCIA
Merlânio Maia
Desde ontem, Luz, que eu estou chateado
Fui dormir sozinho bem aborrecido
Vaguei pela casa de peito doído
Sem que eu quisesse de insônia, tomado
No quarto faltava o teu cheiro adorado
A cama gelada perdeu seu sentido
Em vão procurei o teu cheiro escondido
Nas fronhas, nas roupas, sem tê-lo encontrado
Era a tua falta u’a presença constante
Que me machucava lâmina cortante
Dando-me ciência de tua importância
Senti tua falta e nesse meu degredo
Te amei mais ainda, digo sem ter medo
Nessa eternidade chamada distância
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