sexta-feira, 17 de junho de 2016

O MUNDO É DA MULHER

O MUNDO É DA MULHER
Poeta Merlânio Maia

Que dizer de quem encanta
Somente em aparecer
Lindeza que se levanta
Aos que têm olhos de ver?
Que ser é este, irmandade,
Que inventa a felicidade
Quando se deseja e quer
Que poder que irradia
De Madalena a Maria
O mundo é da Mulher

De frágil ser pequenino
Cresce e inventa seu mundo
Assim é o ser feminino
No seu sentido profundo
Dá vida, ensina, alimenta,
Ilumina e acalenta,
Faz deles o que quiser
Seu poder é tão imenso
Que muitas vezes eu penso
Que o mundo é da mulher

Sua mente é poderosa
Seu olhar é aguçado
É cheirosa como a rosa
O seu corpo é desenhado
O composto é tão perfeito
Pra ninguém botar defeito
Pesado é o seu mister
Seu veneno fere e mata,
Mas seu carinho arrebata
Eis que o mundo é da mulher

Ela é um instrumento
Que Deus botou sobre a Terra
Na beleza monumento
Que produz a Paz e a Guerra
Seu ventre é veio de vida
Sua alma é possuída
Daquilo que ela quer
Do pecado à santidade
Transita com intimidade
Pois o mundo é da mulher

Homem nenhum lhe entende
Outra nem quer entender
Pra onde o desejo pende
Ela investe seu poder
Pode governar o mundo
Seu universo profundo
Lhe dará tudo o que quer
Por isso, pobre poeta,
Me entrego de alma completa
Que o mundo é da Mulher!!!


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NA TRISTE NOITE DA CORRUPÇÃO

NA TRISTE NOITE DA CORRUPÇÃO
Merlânio Maia

Eis a nação que sonha embevecida
Ser um exemplo aos povos do futuro
E agora acorda em seu triste monturo
Que foi forjado ao longo de sua vida
Desde o império se inclina em descida
Com sanguessugas que sugando vão
Multiplicando sujeira em seu chão
Frente ao pomposo poder do império
Incomodando heróis no cemitério
Na triste noite da corrupção!

Seus mortos, hoje, tão desesperados
Saem às ruas, levantam bandeiras,
Dançam nas praças, alamedas, feiras...
Profundamente decepcionados
De Tiradentes escuta-se os brados
De Castro Alves a indignação
Voltam os poetas da libertação
Junto aos heróis, do além, republicanos,
Dançam nas noites contra os tais tiranos
Na triste noite da corrupção!

Se o tempo urge, a tal nação se arrasta...
Só vendo seu pobre povo humilhado,
Presenciando o roubo deste estado
Que, a cada dia, da riqueza afasta.
- Aos miseráveis, pão com circo basta!
E a liberdade escorre pela mão
E num crescendo se esparrama ao chão
No gesto tosco desse vai e vem
Só sonhadores gritam do além
Na triste noite da corrupção!

Os pigmeus da moral querem trono
Mesmo levando o país ao abismo
Ninguém vê honra, lisura, altruísmo!...
Brasil delira feito um cão sem dono
m berço esplêndido o gigante é sono,
Enferrujado na acomodação
A idiotice contamina o chão
O povo dorme e o vazio é extenso,
Os mortos gritam vendo o mal imenso
Na triste noite da corrupção!

A hipocrisia é corrente moeda
E a mentira agora é um ideal
A mídia cria a tal versão final
E o fato perde a força e leva queda
Quem mente mais do poder não se arreda
A lama envolve e a TV faz serão,
Faz a cabeça – dona da razão!
E o povo teme e tremendo obedece.
Há uma teia que a aranha tece
Na triste noite da corrupção!

Brasil desperta, apresenta a imponência!
Acorda e grita: Independência ou morte!
Colosso impávido, de infinito porte,
Mostra a lisura da tua inocência
Chama os teus filhos plenos de decência
Expulsa o mentiroso e o ladrão
Levanta o braço de enorme nação
Que vibra dentro do teu forte povo
Faz teus heróis renascerem de novo
Na triste noite da corrupção!