quarta-feira, 19 de outubro de 2016

MINHA LEI ELEITORAL


MINHA LEI ELEITORAL
Merlânio Maia

Nesse tempo de eleição
O que tem de gente ruim
Abre-se o inferno e o cão
Candidata os “coisa-ruim”
Lá vem de mão estirada
Parece cego na estrada
Pedindo seus votos e os meus
Cada um diz ser melhor
Que seu preparo é maior
Beijando crentes e ateus

Bota menino no braço,
Emburaca na cozinha,
Come sobejo de ontem,
Chupa até pé de galinha,
Dá beijo em véia caduca,
Bebe água de cumbuca,
Reza com crente e devoto,
Limpa bunda de criança,
E corrompe na esperança
De conquistar mais um voto

Pois bem, que fique bem claro
Não reelejo safado
Se depender de meu voto
Político come apertado
Antes de votar pesquiso
Excluo o que for preciso
Os “mala” e a ruma de herdeiro
Bandido eu boto pra fora,
Profissional caipora
Vai baixar noutro terreiro!

Não voto nos nomes sujos,
Nem quem usa a religião,
Nem nos que esquecem do povo
Quando passa a eleição,
Parentesco na política
É uma herança triste e crítica
Não voto e ainda esclareço
Só voto em quem tem história
E eu tenho boa memória
Que o meu voto não tem preço!

Depois de pesquisar muito
Eu voto e fico de olho
Se ele pisar na bola
Coloque as barbas de molho
Que na próxima eleição
Eu o entregarei ao cão
Voto contra e meto o pau
Ou cumpre com o seu dever
Ou meu voto não vai ter
Eis minha lei eleitoral!
(MerlânioMaia)

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