Merlânio
Maia
Eu
acho a vida na Terra
Tão
incrivelmente linda
Que
dói na alma a certeza
De
saber que ela se finda
Dói
demais esta verdade
De
data de validade
Impressa
desde o nascer
Cada
segundo passando
O
fim vai se aproximando
E
este corpo vai morrer
É
uma grande aventura
Viver
pra morte malvada
Como
pode? Tanta luta
Para
desaguar no nada!
Assim
entre a morte e a vida
Busca-se
outra saída
Que
mate a morte de vez
Em
tudo há prova que o nada
É
a matéria transformada
Nada
é pura insensatez
No
turbilhão da questão
Vem
a resposta incontida
Quem
nasce na terra morre
Noutra
dimensão da vida
Esta
certeza é tão forte
Morte
é vida e vida é morte
Nem
mesmo o corpo perece
Decompõe
noutras matérias
Células,
vírus, bactérias...
Outro
mundo lá acontece
Então
tudo se transforma
Tanta
vida em profusão
O
corpo não morre ocorre
Grande
decomposição
É
a vida que aproveita
Gerando
outra receita
Da
vida no transformar
Então
quem morre é a morte
Pois
a vida é muito forte
E
há que se perpetuar
E
quanto à inteligência
Que
habitava o corpo morto
Esta
sim, sai transformada
Noutra
terra, noutro porto
A
fé produz a esperança
Este
ser que ali se lança
Nasce
em outra dimensão
Nos
ambientes astrais
De
mundos espirituais
Espaços
da criação
Pra
sempre conectados
Pelas
leis da vida eterna
Como
ancestrais de nós mesmos
Na
sociedade fraterna
Os
santos, anjos e guias
São
aqueles que outros dias
Viveram
de morte e dor
Mas
a si mesmo venceram
Evoluíram,
cresceram
Despertando
em si o amor!
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