quarta-feira, 29 de julho de 2015

MERLÂNIO MAIA E GRUPO DE TEATRO EMCENA NO TEATRO DO IMIP EM RECIFE

Meu povo,

Sábado, 25 de Julho, fizemos um belo Show em Recife, especificamente no Teatro do IMIP.

Merlânio Maia e o Grupo de Teatro EmCena. Um Show duplo cheio de alegria e uma peça sobre a obra de Augusto dos Anjos, poeta paraibano.






terça-feira, 21 de julho de 2015

HORRORES DAS GRANDES SECAS DO NORDESTE

Resolvi postar esta matéria pela gravidade do assunto. Vejam:

A grande seca do Nordeste

  BRASILCURIOSIDADESIMAGENSSÉCULO XIX  A GRANDE SECA DO NORDESTE 
 * POR TALITA LOPES CAVALCANTE

Uma criança magra pela fome que fora causa pela grande seca.
Foto de uma das vítimas da Grande Seca, Ceará, 1878. Foto de Joaquim Antônio Correia, “Vítimas da Grande Seca”, Albúmen, Carte de Visite, 9 X 5,6 cm, Ceará, CA. 1878. Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil.

Das grandes secas que assolaram o Brasil, uma das mais graves e lembradas foi aquela que compreendeu os anos de 1877 à 1879, ficando conhecida como a grande seca do Nordeste. Foram quase três anos seguidos sem chuvas, com perda de plantações, mortes de rebanhos e miséria extrema. A situação foi tão desesperadora, que famílias inteiras se viram obrigadas a migrar para outros estados, promovendo uma onda de imigrações.

O cenário ficou cada vez mais caótico, principalmente quando os retirantes chegaram em outras cidades e estados. Devido à miséria extrema das pessoas que chegavam, os moradores locais temiam saques no comércio e armazéns. Além disso, as cidades para as quais as vítimas da seca se dirigiam começaram a ficar cada vez mais apinhadas de flagelados. Fortaleza, por exemplo, converteu-se na capital do desespero. De 21 mil habitantes pelo censo de 1872 passaram a ter 130 mil.
Somando-se ao quadro caótico, os rebanhos de animais sobreviventes sucumbiram diante da ação de zoonoses, furtos, fome e sede. A flora e a fauna da região praticamente desapareceram. Por fim, para completar o quadro de tragédia, houve um surto de varíola, dizimando milhares de pessoas. Finalmente o governo imperial enviou ao Nordeste uma comissão de engenheiros para a perfuração de poços, construção de estradas de ferro e armazenamentos de água, para assim resolver o grande problema da seca.
Vítimas das secas de 1877/1878, no Ceará - Brasil. Foto: autor desconhecido, Biblioteca Nacional.
Vítimas das secas de 1877/1878, no Ceará – Brasil. Foto: autor desconhecido, Biblioteca Nacional.
Curiosidade:
Calcula-se que 500 mil pessoas morreram por causa da seca, em que o Estado mais atingido foi Ceará. O imperador dom Pedro II foi ao Nordeste e prometeu vender “até a última joia da Coroa” para amenizar o sofrimento dos súditos da região. Não vendeu, porém enviou engenheiros para a construção de poços.
Alguns anos depois da primeira grande seca no século XIX, em 1915 um novo episódio assolou o sertão nordestino. Mais uma vez, a nova seca fez com que diversos nordestinos migrassem para as grandes cidades, porém, ao contrário do primeiro episódio, o governo cearense resolveu se precaver de uma maneira desumana. Desta feita, o governo criou os primeiros currais humanos, campos de concentração em regiões separadas por arames farpados e vigiadas 24 horas por dia por soldados para confinar as almas nordestinas retirantes castigadas pela seca.
Notícia sobre o Campo de Concentração dos Flagelados, publicada no Jornal O POVO, em 16/04/1932
Notícia sobre o Campo de Concentração dos Flagelados, publicada no Jornal O POVO, em 16/04/1932.
A oeste da cidade de Fortaleza foi erguido, então, na região alagadiça da atual Otávio Bonfim, o primeiro campo de concentração brasileiro. Ali ficaram confinadas cerca de 8 mil pessoas com alimentação e água controladas e vigiadas pelos soldados do Exército. Naquele mesmo ano de 1915, após incentivos para que os retirantes migrassem para a Amazônia, o curral humano foi desativado.
Cerca de 17 anos mais tarde, em 1932, foi a vez de reabrir o campo de concentração de Otávio Bonfim e criar novos currais humanos. Naquele ano, outra grande seca castigou novamente o sertão nordestino, fazendo com que, mais uma vez, milhares migrassem para os grandes centros urbanos. Após dezessete anos, nem o governo federal, nem os governos estaduais haviam se precavido para diminuir os efeitos da seca e a solução, novamente desumana, passou a ser a criação e ampliação dos campos de concentração nordestinos.
Vítimas da seca. Crianças e adultos jazem ao lado da linha férrea que levava para o Campo de concentração de Senador Pompeu.  De forma assustadoramente parecida, as cenas brasileiras dos currais humanos lembravam bastante os campos de concentração nazistas.
Vítimas da seca. Crianças e adultos jazem ao lado da linha férrea que levava para o Campo de concentração de Senador Pompeu. De forma assustadoramente parecida, as cenas brasileiras dos currais humanos lembravam bastante os campos de concentração nazistas.
Pela segunda vez, foram erguidas regiões cercadas por arames farpados e vigiadas diariamente por soldados para confinar os nordestinos afetados pela seca. Corpos magros, de cabeças raspadas e numeradas se apinhavam aos montes dentro dos cercados de Senador Pompeu, Ipu, Quixeramobim, Cariús, Crato (ou Buriti, por onde passaram mais de 65 mil pessoas) e o já conhecido Otávio Bonfim, os maiores currais humanos instalados no Brasil para conter a massa castigada pela seca dos anos de 1915 e 1932.
Poema “Campos de Concentração no Ceará”, por Henrique César Pinheiro.
No Estado do Ceará
A exemplo do alemão
Houve por aqui também
Campo de concentração
Lá era pra matar judeu
Aqui o povo do sertão.
Na seca de trinta e dois
Criamos uns sete currais
Para evitar que famintos
Criassem problemas sociais
E pudessem invadir
Na capital seus mananciais.
Currais foram construídos
Em Senador Pompeu, Ipu,
Quixeramobim e Crato,
Fortaleza e Cariús.
Fortaleza teve dois
Otávio Bonfim, Pirambu.
Pessoas foram confinadas
Como bando de animais.
Tinha a cabeça raspada
Sacos de açúcar, jornais
Era o que lhes serviam
Como vestes mais usuais
Sem nome, ou identidade,
Chamados por numerais.
Desta maneira estavam
Registrados nos anais.
Só se comia farinha,
Rapadura nos currais.
Toda essa gente foi presa
Sem ter crime praticado
E para isto bastava
Somente estar esfomeado.
Pedir prato de comido
Que seria logo enjaulado.
E controlados por senhas,
Pelas forças policiais.
Quem entrava não saía,
Senão pros seus funerais.
Sessenta mil lá morreram.
Nos registros oficiais.
Para aqueles locais, todas
Pessoas foram atraídas.
Com promessas que seriam
por médicos assistidas,
Que teriam segurança
E fartura de comidas
Experiência que houve
Somente aqui no Ceará.
Que se iniciou em quinze
Naquela seca de torrar
Depois disso os alemães
Trataram de aperfeiçoar.
Alguns campos projetados
Para abrigar duas mil pessoas
Dezoito mil chegou alojar.
Presos por vilões e viloas,
Felizes os governantes
Ainda cantavam suas loas.
Em Ipu todos os dias
Morriam de sete a oito.
A maioria era de fome
E até por ser afoito,
Nas tentativas de fugas,
Pro que não havia acoito.
Nas décadas posteriores,
Pra mudar essa imagem,
governos criaram albergues
para evitar sacanagem,
mesmo assim pouco funcionou
pois sempre há malandragem.
E o povo nordestino
ainda de pires na mão,
espera de todos governos
pro problema solução.
Agora estamos na briga
pela tal transposição.
Ceará de Terra da Luz
É chamado no Brasil.
Foi nosso primeiro estado
Que escravatura aboliu
Pra isso não foi necessário
Nem mesmo usar um fuzil.
Mas a geração atual
Tem que redimir o erro
De governantes passados.
Não permitir o desterro
De seus filhos pra terra alheia
e muitos acham o enterro.
HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO
FORTALEZA/MARÇO/2008
HENRIQUE CÉSAR
REFERÊNCIAS:
– “A SECA DE 1877 – 1879“, FÁTIMA GARCIA, FORTALEZA EM FOTOS.
– AZEVEDO, MIGUEL ÂNGELO. CRONOLOGIA ILUSTRADA DE FORTALEZA.
– KOSSOY, BORIS. UM OLHAR SOBRE O BRASIL: A FOTOGRAFIA NA CONSTRUÇÃO DA IMAGEM DA NAÇÃO (1833 – 2003). 1° EDIÇÃO. SÃO PAULO: FUNDACIÓN MAPFRE E EDITORA OBJETIVA, 2012. P. 94.
– LESSA, LETÍCIA. CURRAIS DE GENTE NO CEARÁ.
– “CURRAIS HUMANOS“. DIÁRIO DO NORDESTE
– SÁ, CHICO. “CEARÁ: NOS CAMPOS DA SECA“. REVISTA AVENTURAS NA HISTÓRIA. EDITORA ABRIL: 2005.
– ARQUIVO “O POVO NO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO“. 1932.
FONTE: http://www.museudeimagens.com.br/grande-seca-do-nordeste/

quarta-feira, 15 de julho de 2015

FORRÓ DA CAIXA DE JULHO 2015


PRA FICAR NO CONFORTO DOS TEUS BRAÇOS

Pra chegar junto ao teu corpo bonito,
Faço morto dançar na sepultura,
Faço cego enxergar literatura,
Faço mudo cantar samba e bendito,
Faço o diabo rezar muito contrito,
Sou capaz de acabar qualquer tormento,
Vou cem léguas montado num jumento,
Vou na Lua e passeio nos espaços,
Pra ficar no conforto dos teus braços
Qualquer coisa nesse mundo eu enfrento
#MerlânioMaia

quarta-feira, 8 de julho de 2015

SEM AMANHÃ


REFLEXÕES

O que seria mais atemorizador que a certeza da reencarnação como Justiça Divina Perfeita, com letras maiúsculas, à um mundo iníquo, egoísta, desigual e imoral?

O que poderia haver de mais revolucionários que falar da vida que não se acaba nunca, àqueles que acham que a vida é curta e precisa ser sorvida de um gole somente? E que de tempos em tempos os seres mergulham num corpo físico, denso em busca de experiências iluminadoras para o alcance da sabedoria, da luz interior e da paz, quando aqueles homens nada pensam que não seja seus haveres materiais?

O que traria mais pânico aos criminosos, ricos ou pobres, cultos ou ignorantes, que saber que a sua consciência é uma parte de Deus agregada ao seu ser e assim, mesmo adormecida, registra os crimes e suas intenções, a vida criminosa e sua intensidade e é assim que será cobrado pelo ato e sua intenção, timtim por timtim?

O que pode ser mais transformador que a comunicação com os seres amados que já deixaram o corpo físico e que podem nos orientar e falar das suas experiências, nos preparando para esta aventura que é o estágio no corpo, àqueles que nada mais creem que uma vida limitada com data de validade?

O que tocaria mais fundo o homem comum, que saber que tudo vale a pena e que deveremos engrandecer nossa alma para fazer valer cada experiência nesta viagem imortal, exatamente como previu o inspirado poeta?

O que seria mais aterrorizante que dizer aos detentores do poder efêmero que este mundo tem um Governo justo e pleno que jamais permitirá que seja destruído por homens minúsculos em todas as possibilidades de experiências, especialmente estes anões morais que estarão por muito pouco tempo por estas terras?

E isto é apenas uma pequena fração reflexiva, acerca do que aprendi no processo de libertação da minha alma, quando, um dia, mergulhei como aluno da Doutrina Espírita, nos meus solilóquios diretos com o estudo e aprofundamento das perquirições da minha alma sedenta de respostas.

Ainda voltarei ao assunto!
#MerlânioPoeta

OPINIÃO - ANTE A ONDA DE JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS

OPINIÃO DO POETA:

Meus amigos, já estamos vivendo num estado de direito! Neste estado, há um direito básico de TODOS que é a VIDA!

Mesmo que o indivíduo tenha cometido crime, sem que importe o crime, a sociedade civil NÃO PODE cair na armadilha do ódio de sentenciar o criminoso, pois abre precedentes que a expõe criminalmente.


Chega de tanto ódio! Usemos sempre da Compaixão!

Essa coisa de fazer justiça com as próprias mãos é atitude bárbara de antes da Lei de Talião. Coisa bem anterior a Hamurabi, pois a Lei do olho por olho não prescrevia a morte por furto ou roubo, aplicava a pena exatamente do tamanho do crime. Um avanço, ante os nossos dias de ódio!

Outro dia o povo, em frente a um Shopping do Rio insuflava os policiais a matarem dois jovens negros, não parou por aí, pois sentenciaram à morte por linchamento uma mulher inocente! Agora, no Maranhão, mataram um pobre infeliz simplesmente por ser negro e ter sido pego após um roubo. E se, por este mesmo engano, fosse a sua filha? O seu filho? Um amigo seu? Até você?

Quem pode dizer que está a salvo desta loucura coletiva que vem atingindo nossa sociedade?

Vamos entregar os criminosos a quem, de fato, deve julgar, para não sermos pegos como criminosos perante as leis sociais e as Leis Divinas. Especialmente estas que cobram sem atraso e com a intensidade da intenção! Bem aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia! Disse Jesus!‪#‎Misericórdia_Com_o_Outro‬ ‪#‎CompaixãoComTodos‬

terça-feira, 7 de julho de 2015

CORDEL


LIMEIRIANDO

por Merlânio Maia


A POESIA NORDESTINA
HERANÇA DE TANTOS POVOS
MISTURA ANTIGOS E NOVOS
COM A FORÇA QUE SE DESTINA
SUA LUZ NOS ILUMINA
NOSSA FALA É FAVO E MEL
É UMA CANTIGA A GRANEL
QUE DIVERTE E CONTAGIA
NÃO HÁ MAIS BELA POESIA
NADA SE IGUALA AO CORDEL


NUMA PELEJA ZÉLIMEIRIANA
Roubei jegue de cigano
Bebi sangue de chourisco
ET me levou num disco
Foi mil anos num só ano
Voltei e mudei de plano
Frequentei Bordel de crente
Dei tabefe num Tenente
Quem não creu inda vai crer
PODE SER, PODE NÃO SER,
QUANTO MAIS PRINCIPALMENTE!

Fiz a casa de taboca
Dancei côco em Bagdá
Vi Saddam Husseim por lá
Beijando Bush de "cóca"
Armei minha sóca-sóca
Com medo de um ser vivente
Que na trazeira da frente
Tinha um corte e deu pra ver,
PODE SER, PODE NÃO SER,
QUANTO MAIS PRINCIPALMENTE!

Se num fosse já seria
Se deixasse tava lá
Um pra ali outro pra lá
Coivara de água fria
Coragem da covardia
Enterro dum ser vivente
O ateísmo do crente
Direito que é dever
PODE SER PODE NÃO SER,
QUANTO MAIS PRINCIPALMENTE!

A disposição do medo
O norte que há no Sul
Tabuleiro no paul
Quando é tarde no bem cedo
Começo sem fim de enredo
Traseira que vem na frente
Gelo fino, grosso e quente
Miséria que há no ter
PODE SER, PODE NÃO SER,
QUANTO MAIS PRINCIPALMENTE!

Tirei sangue de um vampiro
Ao deitar fiquei de pé
Um mudo falou com fé
- Vi aleijado dar giro,
E defunto deu suspiro!
Tão igual que é diferente
Traseiro posou pra frente
Munganga pra cego ver
PODE SER, PODE NÃO SER,
QUANTO MAIS PRINCIPALMENTE!

DO POETA CANCÃO



"O poeta se aperreia
Em casos sentimentais
Sofre pela mágoa alheia
Sente pelos animais
A todo espírito emotivo
Generoso e compassivo
Seja daquela ou daquele
O céu lhe dará perdão
Porque do bom coração
Deus está mais perto dele".


Cancão.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

OPINIÃO! REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

por Merlânio Maia

Se você ainda se engana, achando que diminuir a maioridade penal resolve a violência, entenda que em lugar nenhum do mundo resolveu. Agora enricou muita gente! Pois como segundo passo deste projeto nefasto, as prisões foram privatizadas e os apenados escravizados.

Os jovens de classe baixa são as maiores vítimas desta Lei, e o crime cada vez mais se retroalimenta do ciclo vicioso.

Quer resolver a questão da violência? Eduque-se as crianças e jovens! Aí teremos seres saudáveis produzindo para a sociedade, engrandecendo o país, todavia serão muito politizados e saberão escolher políticos decentes e removerão os vermes da politicalha, verdadeiros criminosos de gravata e jaquetão!

Por isso, para a maioria dos senhores vermes legisladores é urgente a eliminação desta possibilidade, pois sua cabeça estará a prêmio em muita brevidade!
#MerlânioMaia