sexta-feira, 29 de agosto de 2014

ANTE A NORMOSE

ANTE A NORMOSE
Merlânio Maia - 29.08.2014

Meu tempo tornou-se escasso
Me cansou tanta normose
Minha alma segue fagueira
E degusta a vida em dose
Abandono este conforto
Morto! Busco um outro porto
Rumo às construções reais
Me esperam novos amores,
Novos sonhos, novas cores,
Sou estranho em minha Paz!

A minha Paz é diversa
Tem conceito diferente
Não combate, nem enfrenta
Mudo o foco e sigo em frente
Ela é desobediente
Às leis, às morais de gente
De normótica ilusão
Por isso sigo sozinho
De poesia é o meu caminho
De Paz é o meu coração!
Merlanio Poeta - de Poesia em Poesia)

POLÍTICO POR VOCAÇÃO E POLÍTICO POR PROFISSÃO

POLÍTICO POR VOCAÇÃO E POLÍTICO POR PROFISSÃO
(Merlânio Maia)

Se existe nesse mundo
Gente que eu dou valor
É quem vive pra servir
Aos outros por puro amor
São os vocacionados
E onde estão são procurados
Há ideal no coração
A dor do outro lhe atinge
Nunca mente e jamais finge
Político por vocação!

Porém se existe um sujeito
Que me arripuna inteiro
É o profissional
Político interesseiro
É o vampiro sanguessuga
Igual parasita e pulga,
É um piolho malsão
Não lhe interessa o povo
Quer se eleger de novo
Político por profissão!

E quando o bom servidor
Na política se envereda
É um grande benfeitor
Da luta ele nunca arreda
E o interesse do povo
É o seu ideal de novo
Pois sente em seu coração
Mesmo tendo prejuízo
Seu ideal é preciso
Político por vocação!

E é no tempo de eleição
É que fica mais visível
O sanguessuga aparece
Num esforço até risível
Pra surrupiar-lhe o voto
Parece um crente devoto
Lhe pedindo a salvação
Não tem história o infeliz
Na política mente e diz
Político de profissão!

Para saber quem é quem
Entre o primeiro e o segundo
É bastante vigiar
Pois há um abismo profundo
É preciso acompanhar
Cada passo e até cobrar
A lisura em cada ação
Lobo em pele de cordeiro
Difere do verdadeiro
Político por vocação!

Então observe bem
Se o cabra desde criança
Dedica-se a quem sofre
Luta em prol da esperança
E é correto no que diz
Este é de boa raiz!
Mas se o “mala” é espertalhão,
Sem vergonha, mentiroso,
Conversador, pegajoso,
Político por profissão! 

Pois o político safado
Bandido, covarde e vil
Vive para se dar bem
E faz o povo servil
Corrupto e corruptor
Sem escrúpulo nem valor
Político por profissão
Diferente do honrado
Servidor vocacionado
Político por vocação!

Então você já conhece
Já sabe entre o bem e o mal
Busque saber toda a vida
Do político, afinal
O voto é um cheque em branco
E agora eu vou ser bem franco
Há muito eleitor babão,
Safado e corruptor
Seja um decente eleitor
Honre o nome CIDADÃO!

BIOGRAFIA DE CHICO MENDES


BIOGRAFIA DE CHICO MENDES
Fonte: Wikipedia

Iniciou a vida de líder sindical em 1975, como secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia. A partir de 1976 participou ativamente das lutas dos seringueiros para impedir o desmatamento através dos "empates" - manifestações pacíficas em que os seringueiros protegem as árvores com seus próprios corpos. Organizava também várias ações em defesa da posse da terra pelos habitantes nativos.1

Em 1977 participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, e foi eleito vereador pelo MDB local. Recebe então as primeiras ameaças de morte, por parte dos fazendeiros, e começa a ter problemas com seu próprio partido, que não se identificava com suas lutas.5

Em 1979 Chico Mendes reúne lideranças sindicais, populares e religiosas na Câmara Municipal, transformando-a em um grande foro de debates. Acusado de subversão, é submetido a interrogatórios. Sem apoio, não consegue registrar a denúncia de tortura que sofrera em dezembro daquele ano.

Representantes dos povos da floresta (seringueiros, índios, quilombolas) apresentam reivindicações durante 2º Encontro Nacional, em Brasília
Chico Mendes foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e um dos seus dirigentes no Acre, tendo participado de comícios com Lula na região.6

Em 1980 foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional a pedido de fazendeiros da região, que procuraram envolvê-lo no assassinato de um capataz de fazenda, possivelmente relacionado ao assassinato do presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Brasiléia, Wilson Sousa Pinheiro.7

Em 1981 Chico Mendes assume a direção do Sindicato de Xapuri, do qual foi presidente até sua morte. Candidato a deputado estadual pelo PT nas eleições de 1982, não consegue se eleger.5

Acusado de incitar posseiros à violência, foi julgado pelo Tribunal Militar de Manaus, e absolvido por falta de provas, em 1984.

Liderou o 1º Encontro Nacional dos Seringueiros, em outubro de 1985, durante o qual foi criado o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), que se tornou a principal referência da categoria. Sob sua liderança, a luta dos seringueiros pela preservação do seu modo de vida adquiriu grande repercussão nacional e internacional. A proposta da "União dos Povos da Floresta" em defesa da Floresta Amazônica busca unir os interesses dos indígenas, seringueiros, castanheiros, pequenos pescadores, quebradeiras de coco babaçu e populações ribeirinhas, através da criação de reservas extrativistas. Essas reservas preservam as áreas indígenas e a floresta, além de ser um instrumento da reforma agrária desejada pelos seringueiros: Chico Mendes formou uma aliança entre sua gente e os índios amazônicos, o que persuadiu o governo a criar reservas florestais para a colheita não predatória de produtos como o látex e a castanha do pará.1

Em 1986, concorre às eleições pelo PT (Acre) como candidato a deputado estadual ao lado de outros candidatos, entre eles Marina Silva, para deputada federal, José Marques de Sousa, o Matias, como senador, e Hélio Pimenta para governador, não sendo eleitos.8

Em 1987, Chico Mendes recebeu a visita de alguns membros da ONU, em Xapuri, que puderam ver de perto a devastação da floresta e a expulsão dos seringueiros causadas por projetos financiados por BANCOS INTERNACIONAIS. Dois meses depois leva estas denúncias ao Senado norte-americano e à reunião de um banco financiador, o BID. Os financiamentos a esses projetos são logo suspensos. Na ocasião, Chico Mendes foi acusado por fazendeiros e políticos locais de "prejudicar o progresso", o que aparentemente não convence a opinião pública internacional. Alguns meses depois, Mendes recebe vários prêmios internacionais, destacando-se o Global 500, oferecido pela ONU, por sua luta em defesa do meio ambiente e viajou aos EUA para promover sua causa.1

Ao longo de 1988 participa da implantação das primeiras reservas extrativistas criadas no Estado do Acre. Ameaçado e perseguido por ações organizadas após a instalação da UDR no Estado, Mendes percorre o Brasil, participando de seminários, palestras e congressos onde denuncia a ação predatória contra a floresta e as violências dos fazendeiros contra os trabalhadores da região.

Após a desapropriação do Seringal Cachoeira, em Xapuri, propriedade de Darly Alves da Silva, agravam-se as ameaças de morte contra Chico Mendes que, por várias vezes, denuncia publicamente os nomes de seus prováveis responsáveis. Deixa claro às autoridades policiais e governamentais que corre risco de perder a vida e que necessita de garantias. No 3º Congresso Nacional da CUT, volta a denunciar sua situação, similar à de vários outros líderes de trabalhadores rurais em todo o país. Atribui a responsabilidade pela violência à UDR. A tese que apresenta em nome do Sindicato de Xapuri, Em Defesa dos Povos da Floresta, é aprovada por aclamação pelos quase seis mil delegados presentes. Ao término do Congresso, Mendes é eleito suplente da direção nacional da CUT. Assumiria também a presidência do Conselho Nacional dos Seringueiros a partir do 2º Encontro Nacional da categoria, marcado para março de 1989, porém não sobreviveu até aquela data.

Em 22 de dezembro de 1988, exatamente uma semana após completar 44 anos, Chico Mendes foi assassinado com tiros de escopeta no peito na porta dos fundos de sua casa,9 quando saía de casa para tomar banho. Chico anunciou que seria morto em função de sua intensa luta pela preservação da Amazônia e buscou proteção, mas as autoridades e a imprensa não deram atenção.

Casado com Ilzamar Mendes (2ª esposa), deixou três filhos, Angela (do primeiro casamento), Sandino e Elenira, na época com 19, dois e quatro anos de idade, respectivamente.

Após o assassinato de Chico Mendes mais de trinta entidades sindicalistas, religiosas, políticas, de direitos humanos e ambientalistas se juntaram para formar o "Comitê Chico Mendes". Eles exigiam providências e através de articulação nacional e internacional pressionaram os órgãos oficiais para que o crime fosse punido.

Em dezembro de 1990, a justiça brasileira condenou os fazendeiros Darly Alves da Silva e Darcy Alves Ferreira, responsáveis por sua morte, a 19 anos de prisão. A principal testemunha do caso foi um empregado de 13 anos da fazenda de Darly, Genésio Ferreira da Silva.13 Darly fugiu em fevereiro de 1993 e escondeu-se num assentamento do INCRA, no interior do Pará, chegando mesmo a obter financiamento público do Banco da Amazônia sob falsa identidade. Só foi recapturado em junho de 1996. A falsidade ideológica rendeu-lhe uma segunda condenação: mais dois anos e 8 meses de prisão.

No dia 18 de dezembro de 1988, o Jornal do Brasil teve a chance de publicar uma entrevista na qual Chico Mendes denunciava as ameaças de morte que havia recebido. O jornal, contudo, considerou que Chico Mendes politizava demasiadamente a questão ambiental e não publicou a matéria. Com a consumação das ameaças em 22 de dezembro, o jornal finalmente publicou a entrevista no 1º caderno da edição de natal daquele ano, acompanhada de um pequeno editorial na 1ª página

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

ENTRE A CRUZ E A ESPADA



ENTRE A CRUZ E A ESPADA
por Merlânio Maia

O Messianismo Neoliberal pegou carona na tragédia e deu seu salto incrível em direção ao Palácio do Planalto. Tudo isto porque tocou os corações fragilizados diante da demonização do PT, severamente construída pela direita desesperada, que há mais de uma década, não tinha acesso ao poder.

Estes românticos eleitores, desinformados e doutrinados pela mídia assumidamente de direita, vivem, mas não conseguem ver o crescimento do país como nação e em inclusão dos mais empobrecidos e por isto mesmo, há muito vinham à espera de um "salvador da pátria" numa repetição daquilo que foram Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello, todos na linha de um Sassá Mutema saído da mente de Lauro César Muniz.

A emotividade brasileira ativada pela tragédia da morte de Eduardo Campos, produziu o impossível, que foi levantar surpreendentemente Marina da Silva, que situava-se numa candidatura de terceiro lugar, pois não tinha cacife para encabeçar a chapa, pois sequer conseguiu votos para legalizar a sua Rede, agora surge de uma nuvem brilhante e refulgente como a "salvadora da pátria" brasilis.

De oportunismo em oportunismo, caiu nas mãos dos maiores que são os banqueiros. Estes sim! São estrategistas profissionais que sabem bem a hora certa para atacar sem nenhum escrúpulo. E são eles, os banqueiros, que já estão investindo pesado nesta subida de Marina da Silva.

Encontraram em Marina da Silva a figura que preenche todos os requisitos como o desejo de ser chefe da nação: obediente ao sinal e olhar de Neca Setúbal e formal. Tudo que precisam para materializar seus sonhos de retomada do Banco Central, do Banco do Brasil e da CAIXA, além de outros projetos milionários neste solo poderosamente rico.

Neste contexto é óbvio que não haverá espaços para políticas públicas direcionadas aos mais carentes e empobrecidos, pois não há espaço para dois corpos no mesmo espaço.

O próximo capítulo ninguém pode adivinhar, pois de um povo emotivo e romântico tudo pode acontecer. Tanto Marina pode não se segurar, como pode aparecer outra tragédia, contudo nenhuma tragédia é mais danosa que situar o Brasil entre os tucanos que desejam literalmente vendê-lo, e os banqueiros que há muito desejam comprá-lo
!

domingo, 24 de agosto de 2014

MERLÂNIO MAIA NA III JORNADA-MÉDICO ESPÍRITA DA PARAÍBA

Meu povo,

Estivemos levando nossa poesia e nossa música na III JORNADA MÉDICO-ESPÍRITA DA PARAÍBA.

Foram momentos de grande aprendizado, pois ali estiveram os maiores médicos especializados em Ciência Médica e Espiritualidade.


E foi aí que levamos nossa poesia e nossa música ontem e hoje.








quinta-feira, 21 de agosto de 2014

MOVPAZ NO PRIMEIRO DEBATE DA ELEIÇÃO DE GOVERNADOR DE 2014 NA PARAÍBA PELA TV ARAPUAN




No primeiro debate de candidatos da Paraíba, fui representando o MovPaz e fiz a minha pergunta trazendo para a Cultura de Paz real. E foi mais ou menos assim:
"Candidato, por mais que os governos que se sucedem informem que fazem investimentos em tecnologia, capacitação e inteligência, a fim de combater a violência, os números estaduais e nacionais cada vez mais aumentam. Qual a proposta efetiva, da sua gestão, para promover a prevenção com uma cultura e educação pela Paz no nosso Estado?"
A resposta não foi a esperada! Pois ainda falta entender o conceito do que seja Paz.
Se o combate a violência fosse o caminho, já teríamos resolvido no mundo inteiro o problema da violência. Pelo contrário, os que combatem a violência, muitas vezes se tornam mais violentos e cruéis que aqueles a quem combatem!
E tenham certeza de que, se continuar assim, piorará mais ainda, pois a violência tem mil faces e o ser humano é muito complexo. É preciso desconstruir os valores de violência que trazemos em nós.
Somos seres humanos e necessitamos de valorização, de cultura, de afeto, de fraternidade legítima e de educação de valores reais, sem hipocrisia nem outros interesses que não sejam os da cura da nossa doente sociedade.
Não será simples! Mas é a única via que há!
Temos a convicção de que somente há este caminho e que não haverá outra saída para a sociedade. Este fosso aprofundará de tal forma, que despertará todos para esta realidade! Que é a construção de Consciência de Paz!
"NÃO HÁ CAMINHO PARA A PAZ, A PAZ É O CAMINHO!" (Gandhi)




PARA SABER MAIS SOBRE O DEBATE




Tárcio diz que é preciso acabar com oligarquias e RC destaca redução da violência após uma década
19/08/2014 | 23h52min




O coordenador da ONG MovPaz, Merlânio Maia, fez a 2ª pergunta do 3º bloco do Debate da TV Arapuan dentro do tema “Segurança”. A questão foi sobre uma forma de prevenção contra a violência, através de uma “educação da paz”.

Tárcio (PSOL) questionou logo o formato atual da política, onde a nomeação de cargos acontece através de sugestões de aliados e familiares. “Tem que acabar com as oligarquias. Tem que inverter a forma de fazer politica. Tem que articular com o povo”.

O candidato ainda criticou o atual governador Ricardo Coutinho, afirmando que ele fechou várias delegacias e escolas no Estado.

Respondendo na sequência, o candidato Ricardo Coutinho quis destacar que as “200 e tantas” escolas fechadas foram na verdade o fim de uma vergonha. “Tinha escola com 1 aluno que era marido da professora. Essas escolas eram cabide de emprego. Reformamos 193 escolas e criamos 725 novas salas de aula”.

Sobre a segurança pública, Ricardo destacou que não é só efetivo, mas também logística e gestão. O candidato ainda destacou que assumiu o Governo depois de um pico de crescimento de violência, que começou a diminuir após o início da sua gestão.




Pedro Callado

FONTE: http://www.paraiba.com.br/2014/08/19/07436-seguranca-tarcio-afirma-que-e-preciso-acabar-com-oligarquias-e-rc-destaca-reducao-da-violencia-apos-uma-decada




MAIS REPORTAGENS SOBRE O DEBATE




Segurança: Tárcio afirma que é preciso acabar com oligarquias e RC destaca redução da violência após uma década






O coordenador da ONG MovPaz, Merlânio Maia, fez a 2ª pergunta do 3º bloco do Debate da TV Arapuan dentro do tema “Segurança”. A questão foi sobre uma forma de prevenção contra a violência, através de uma “educação da paz”.


Tárcio (PSOL) questionou logo o formato atual da política, onde a nomeação de cargos acontece através de sugestões de aliados e familiares. “Tem que acabar com as oligarquias. Tem que inverter a forma de fazer politica. Tem que articular com o povo”.


O candidato ainda criticou o atual governador Ricardo Coutinho, afirmando que ele fechou várias delegacias e escolas no Estado.


Respondendo na sequência, o candidato Ricardo Coutinho quis destacar que as “200 e tantas” escolas fechadas foram na verdade o fim de uma vergonha. “Tinha escolacom 1 aluno que era marido da professora. Essas escolas eram cabide de emprego. Reformamos 193 escolas e criamos 725 novas salas de aula”.


Sobre a segurança pública, Ricardo destacou que não é só efetivo, mas também logística e gestão. O candidato ainda destacou que assumiu o Governo depois de um pico de crescimento de violência, que começou a diminuir após o início da sua gestão.



Leia Mais: http://www.caririemfoco.com.br/2014/08/seguranca-tarcio-afirma-que-e-preciso.html#ixzz3B5MitOLK
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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A SAGA DE EDUARDO CAMPOS – HOMEM QUE AMOU O BRASIL


A SAGA DE EDUARDO CAMPOS – HOMEM QUE AMOU O BRASIL
(Autoria Merlânio Maia)

Que Deus me dê a razão
A inspiração e o poder
De escrever sobre um homem
Que cumpriu com seu dever
Foi político e foi honrado,
Foi ético e foi adorado
Por toda a nossa nação
Eduardo Campos o homem
De virtudes que não somem
Teve nordestinação

Quem pode dizer que não
Ouviu falar neste homem
Cuja grandeza e a honra
Jamais do mundo se somem
Nesse Brasil brasileiro
Foi um grande timoneiro
Farol ante os pirilampos
Fez luz aonde passou
Na política e onde andou
Reinou: Eduardo Campos

No dia dez de Agosto
Do ano mil e novecentos
E sessenta e cinco dá-se
Em Recife o nascimento
Do Filho de Ana Arraes
E Maximiano os pais
Que lhe trouxeram ao mundo
Neto do grande Miguel
Arraes que teve um papel
De líder forte e fecundo

E isto influenciou
O nosso jovem Eduardo
Que percebeu que a política
Era boa e não um fardo
Que é preciso ser honrado
Quando é vocacionado
Na política verdadeira
E desde muito criança
Alimentou a esperança
Na política brasileira

Quando foi pra Faculdade
No curso de Economia
Ao Diretório Acadêmico
Eduardo presidia
Formou-se em Economia
E a vida encaminharia
Mas ele queria mais
Trocou o mestrado fora
Pra fazer campanha agora
Para o avô Miguel Arraes

Antes de 22 anos
Ele assumiu a Chefia
De Gabinete de Arraes
E em Pernambuco agia
Trabalhando em prol do povo
Herdou do avô muito novo
A política bacana
Criou a Secretaria
De Ciência e Tecnologia
Na Terra pernambucana

Com Renata Andrade Lima
Eduardo formou família
Veio Maria Eduarda
Mais velha e única filha
João, Pedro, José e Miguel
Eram seu mundo e seu Céu
Numa ligação sem par
Todos unidos e amados
Pelo amor iluminados
Era a família exemplar

Filiou-se ao PSB
Nesse ano de noventa
E elegeu-se deputado
Com votação opulenta
E o Prêmio Leão do Norte
Ganhou por ser o mais forte
Atuante deputado
Na Casa Legislativa
De Pernambuco está viva
Sua visão de Estado

No ano noventa e quatro
Eduardo se elegeu
Deputado Federal
A votação excedeu
133 mil votos
Eram fãs quase devotos
E na Câmara Federal
Ligeiro foi escolhido
Presidente do Partido
Mostrando força e ideal

Eduardo foi Ministro
E Lula entregou-lhe a pasta
De Ciência e Tecnologia
E de Lula não se afasta
Fez trabalho excelente
Com inovação pertinente
Ganhou respeito no mundo
Eduardo o nordestino
Cumpria com seu destino
E com o seu gênio fecundo

Candidatou-se com êxito
Pra governar o estado
De Pernambuco e Lula
O apoiou, foi bem votado
Seguindo os passos de Arraes
Herdeiro dos ideais
Do velho socialista
Na sua serenidade
Foi político de verdade
Eduardo o idealista

No ano 2006
Ganhou pra Governador
Do Estado de Pernambuco
Fez a gestão de valor
Pois logo foi reeleito
Fez um governo bem feito
Com lisura e competência
Sua gestão encerrou
Quando se candidatou
Buscando a Presidência

Uniu-se a Marina Silva
Com sua força varonil
Cantando alto e dizendo:
NÃO DESISTAM DO BRASIL!
VAMOS FAZER O PAÍS
MAIS FORTE E BEM MAIS FELIZ!
Foi seu canto poderoso
Qual o Uirapuru que canta
E o mundo inteiro levanta
Pra ouvi-lo silencioso!

Porém veio o dia treze
Do mesquinho mês de Agosto
Dia que Miguel Arraes
Viajou rumo ao Sol posto
Tão triste e terrível dia
De tragédia e profecia
E Eduardo viajava
Num avião como tantos
Já quase pousando em Santos
Mas a sorte lhe tragava

Chovia muito na hora
O piloto já a descer
Viu que não daria pouso
Tentou logo arremeter
Para subir retornou
Mas a máquina acovardou
O intento não conseguiu
Num prédio residencial
Bateu quebrou-se afinal
Daquela altura caiu

Caiu sobre as residências
Dos moradores de Santos
Vizinho de Guarujá
Provocando os desencantos
Morreram os tripulantes
Todos em poucos instantes
Uma tragédia malsã
E Eduardo Campos vai
Ao encontro de Deus-Pai
Nove horas da manhã

O país surpreendido
Chorou em luto terrível
Pois ali tinha perdido
Aquele líder incrível
A dor, o horror, o espanto
Fez o Brasil verter pranto
Lembrando os olhos azuis
E o seu semblante sereno
Com o seu coração moreno
Feito de amor e de luz

Seguiu Eduardo Campos
Deixando luz sobre a Terra
Dando um exemplo da Paz
Que tira a força da guerra
Deixando o país sofrendo
De uma dor que vai doendo
Na sua família linda
O país ficou mais pobre
Mas sua alma de nobre
É um exemplo que não finda!

Segue Eduardo Campos!
Pros espaços siderais
Vai receber as medalhas
Das honras espirituais
Pois cumpristes a missão
Com o teu jovem coração
E tua força juvenil
Pois fizeste a diferença
Tu que deixou a sentença:
NÃO DESISTAM DO BRASIL!

E nós não desistiremos
Pois cremos neste ideal
De ver nossa Terra amada
Na corte Internacional
Como este país gigante
Que teve por um instante
Um homem de sonhos tais
Que nasceu neste país
Viveu, amou, foi feliz
Foi o Eduardo da Paz!

A tragédia nos maltrata
A história perdeu um nobre
A família perde um pai
O Brasil ficou mais pobre
Perdeu grande nordestino
Que reinou como destino
Política foi seu afã
E a convite de Deus
Seguiu os caminhos seus
Rumo a estrela da manhã!

MERLÂNIO MAIA EM PALESTRA NA ONG CASA DO PEQUENO DAVI

Formação familiares
A formação com familiares sobre o tema do mês Educação, cultura e paz contou com a assessoria do Movimento Internacional pela Paz e Não-Violência (MovPaz). No turno da tarde a conversa foi com Almir Laureano da Coordenação do MovPaz. À noite a participação foi de Merlânio Maia é poeta, cordelista, músico, cantador, declamador e escritor, que também faz parte da Coordenação do MovPaz.



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domingo, 17 de agosto de 2014

69/70 anos da bomba atômica sobre o Japão: a arma da autodestruição da espécie?


69/70 anos da bomba atômica sobre o Japão: a arma da autodestruição da espécie?
17/08/2014
Leonardo Boff


Passaram-se 69/70 anos do maior ato terrorista da história que foi o lançamento de duas bombas atômicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Não eram armas contra exércitos, mas armas de destruição em massa, de civis, mulheres, crianças, animais, vegetação, de tudo o que vive. O copiloto Robert Lewis vendo a devastação, assustado exclamu: ”Meu Deus, o que fizemos”? O impacto foi tão demolidor que o imperador Hiroíto logo se rendeu também por este argumento:”para evitar a total extinção da civilização humana”(P. Johnson,Tempos modernos 1990,357). Ele captou sabiamente: partir de agora não precisamos mais que Deus intervenha para pôr fim à nossa história. Nós nos demos os instrumentos que nos podem autodestruir. Como disse Sartre:” nós nos assenhoreamos de nosssa própria morte”.

No final de sua vida, o grande historiador inglês Arnold Toynbee (+1975), depois de escrever muitos tomos sobre as grandes civilizações, deixou consignada esta opinião sombria em seu ensaio autobiográfico Experiências de 1969: “Vivi para ver o fim da história humana tornar-se uma possibilidade intra-histórica capaz de ser traduzida em fato não por um ato de Deus mas do homem”.


O insuspeito Samuel P. Huntington, já falecido, antigo assessor do Pentágono e um analista perspicaz do processo de globalização, no término de seu O choque de civilizações diz: “A lei e a ordem são o primeiro pré-requisito da civilização; em grande parte no mundo elas parecem estar evaporando; numa base mundial, a civilização parece, em muitos aspectos, estar cedendo diante da barbárie, gerando a imagem de um fenômeno sem precedentes, uma Idade das Trevas mundial, que se abate sobre a Humanidade” E para terminar o cenário valem as palavras do famoso historiador Eric Hobsbawm que fecha seu livro Era dos extremos (1995) com esta grave advertância:”O futuro não pode ser a continuação do passado…nosso mundo corre risco de explosão e implosão…Tem que mudar…e a alternativa para uma mudança da sociedade, é a escuridão”. Não é isso que estamos vendo?

Portanto, os cenários não são nada róseos. Mas quem pensa nestas ameaças que pesam sobre nosso destino? Os chefes de Estado de transormaram antes em gestores da macroeconomia do que governantes de seus povos. E os “capos” das grandes corporações transnacionais só pensam em lucrar e lucrar indefinidamente às expensas da demolição das fundações materias da vida e da superexploração de povos inteiros como a Grécia, Portugal, Espanha e Itália.

O fato é que depois da invenção perversa das armas nucleares, a produção da máquina de morte se sofisticou ainda mais com outras armas: químicas, biológicas, bacteriológicas, eletrônicas, nanotecnológicas que podem destruir toda a humanidade e a biosfera visível por 25 formas diferentes. A razão alcançou seu mais alto grau de irraciionalidade e de loucura. Vivemos tempos que brincam com o suicídio coletivo.

Geralmente esta é a lógica dos bruxos da ciência: se podemos, quem nos impedirá de realizar o que podemos? Depois da violência da economia, como está ocorrendo com uma fúria inaudita em vários países do mundo, particularmente na Europa, vem, via de regra, a violênca das armas.

Em muitas partes do mundo há conflitos que se acirram cada vez mais. Há os que aventam a possibilidade da utilização de armas nucleares táticas, pequenas que não matam muita gente, mas tornam a região por 15 a 20 anos inabitável por causa da radioatividade e com a erosão genética de muitos seres vivos, como ocorreu em Chernobyl na Ucrânia e está ocorrendo em Fukushima no Japão.

Vale a pena ler o livro do ex-assessor de François Mitterand, Jacques Attali, Uma breve história do futuro (2008). Descreve três ondas do futuro: o hiperimpério (os USA em decadência); o hiperconflito (balcanização do mundo com guerras regionais cada vez mais letais). A violência cresce a ponto de degenerar numa guerra de destruição em massa generalizada. Então, imagina Attali, a humanidade se dará conta de que pode realmente se autodestruir. Finalmente se torna socialista, não por ideologia mas por necessidade: só temos esta Terra e devemos repartir seus recursos escassos senão morreremos. Surge a onda da hiperdemocracia planetária.

Attali termina o livro se perguntando: e o Brasil nisso tudo? Ele mesmo responde:”Se há um país que se assemelha ao que poderia tornar-se o mundo, no bem e no mal, esse país é o Brasil. Nele encontramos todas as dimensões do hiperimpério, tudo o que prepara o hiperconflito e tudo o que anuncia a hiperdemocracia”. 

Cabe a nós refletir seriamente sobre que futuro estamos preparando, miniatura do futuro bom ou da desgraça sobre toda a vida na Terra?

Fonte: http://leonardoboff.wordpress.com/2014/08/17/6970-anos-da-bomba-atomica-sobre-o-japao-a-arma-da-autodestruicao-da-especie/

terça-feira, 12 de agosto de 2014

QUANDO PERDE A HUMANIDADE


Quando perde a humanidade
O que era homem enlouquece
Delinque, tortura e mata,
Destrói tudo, enceguece!
Mas a minha maior dor
É que os outros com tremor
Se calam nos cofres seus
Mas os anjos sem temer
Dizem o que vão fazer:
Sim! Eu vou contar a Deus!
(Merlânio Maia - indignado!)


Ante o morticínio de crianças na Palestina pelos judeus de Israel, alegando combater o Hamas, mas que a intenção real é simplesmente o interesse de banir os palestinos do planeta e tomar suas terras. O pior é o silêncio dos EUA e das grandes nações que se acovardam, mas o Brasil bradou contra!!!

FONTE: https://www.facebook.com/PortaldoAM/photos/a.190046134502912.1073741828.185318298309029/251567668350758/?type=1&theater